Por Guilherme Wiltgen
Após o “rendez vous” com os navios da Marinha Francesa, o Grupo Tarefa (GT) iniciou a Aderex-I 2019, quando foram realizadas manobras táticas e operações aéreas.
A Aderex é uma das mais tradicionais e importantes operações da Esquadra brasileira, pois permite preparar a principal parcela da Força Naval para uma imediata resposta a missões atribuídas em defesa da Amazônia Azul.
Logo cedo, pelo fonoclama do Atlântico, foi tocado o DEM (Detalhe Especial para o Mar) seguido do tradicional apito marinheiro. Esse era o sinal que logo mais estaríamos realizando manobras de navegação restrita, que marcaria a manhã de exercícios com os outros meios do GT.
Enquanto os tripulantes do Atlântico se concentravam na proa para os exercícios, tudo era observado pelo seu sempre atento Comandante, o CMG Giovani Corrêa, que devido a complexidade de se navegar muito próximo exige o acompanhamento de perto da equipe de manobra de ambos os navios durante todo o exercício.
Leap Frog e Light Line
Forças Navais em operações no mar, precisam dispor de capacidade de auto-sustentação que permitam a elas operarem, durante um período considerável, sem o apoio de suas bases em terra.
Durante essas operações, pode de ser necessário efetuar transferência de carga leve/pessoal, material, mala postal, óleo/água e carga pesada entre os navios.
Meios navais, ou aeronavais, podem ser utilizados para prover este apoio logístico, mas o emprego de unidades especializadas, tais como os navios de reabastecimento, que podem ser Navios-Tanque ou Navios de Apoio Logístico, maximizam a eficiência deste apoio e, consequentemente, a permanência do GT no teatro de operações.
O período da manhã foi dedicado ao adestramento dos navios na realização dos exercícios de Light Line e Leap Frog, realizado pelo Atlântico com a Fragata Greenhalgh (F 46) e o NPaOc Apa (P 121).
Estas duas manobras devem ser conduzidas no menor tempo possível, para que os navios envolvidos nestas operações não se tornem alvos vulneráveis a um possível ataque, uma vez que estarão com seus movimentos restringidos, e assim, presas fácies para um submarino ou aeronave.
No exercício de Leap Frog, nenhum cabo é passado, e o navio mais a ré, inicia a aproximação ao que está a vante, permanecendo a contrabordo por volta de 05 minutos.
Cabe ressaltar a presença da Fragata Greenhalgh. Essa heroína da guerra das Falklands se mantém operacional graças aos nossos abnegados marinheiros, que apesar de todos os revezes de ordem orçamentária que a Força Naval vem passando ao longo dos anos e da escassez de sobressalentes, mantem o navio em prontidão.
Ouvir as turbinas Rolls-Royce Olympus TM3B acelerando é algo indescritível, esse é o resultado do trabalho dos tripulantes do “Lobo Guerreiro”.
Já o Light Line tem como principal propósito adestrar os oficiais de manobra dos navios na aproximação e manutenção de posição a contrabordo, sendo que o cabo de distância deverá ser passado perpendicularmente ao eixo longitudinal do navio e, sempre que possível, pela proa.
Para esse exercício, foi escalado o NPaOc Apa, que demonstrou boa operacionalidade e aprestamento da sua tripulação, se mostrando um importante meio para manter a presença da MB patrulhando a imensidão da Amazônia Azul, e levando a cabo o seu lema “So Prepared”.
correção guilherme.
míssil antiaéreo GWS-25 Seawolf
guilherme só uma curiosidade? existe recargas armazenadas do míssil sea dart a bordo ou só as que estão no conteiner/lançador ?
Elcimar,
O navio dispõe de paiol específico para o Seawolf.
Abs,
⚓??
Belas imagens, explicações claras sobre as fainas… ficou excelente o post… além do que , realmente, o som de uma TG é espetacular… FA e parabéns a todos da equipe !!!
Obrigado XO!
⚓??
Até o suporte dos mísseis estão enferrujados, o navio está muito zoado
Quantas vezes tu entrou no navio?
Lindas imagens, a Type 22 é imponente. Um belo navio, uma pena estar com o pé na aposentadoria. Gostaria de ver um upgrade de respeito, mísseis Sea Ram, Exocet Block III, etc.