Por Vitelio Brustolin
Rússia, o país mais sancionado do mundo, compra armas do Irã, o segundo mais sancionado. E agora tenta comprar (mais) armas da Coreia do Norte, o quarto país mais sancionado.
É claro que a guerra de Putin não está saindo conforme ele planejou. Ninguém, na história da guerra, ataca esperando ter um conflito longo e arrastado. “O atacante é um amante da paz” – ensina Clausewitz – “se puder, irá submeter o oponente com o mínimo de esforço”. A Rússia, segunda maior potência militar do mundo, ao invadir um país com o qual faz fronteira terrestre, esperava ter uma guerra rápida, tão rápida quanto a “anexação” da Crimeia, em 2014. Naquele momento, Putin afirmou: “se eu quiser, ocupo Kiev em duas semanas”. No entanto, aqui estamos nós, completando o 19º mês das duas semanas que Putin aventou, e sem sinal de que aquilo que ele chama de “operação militar especial” acabará no curto ou médio prazos.
É irônico que a Rússia, juntamente com a China, Reino Unido, França e Estados Unidos (todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU) tenham aprovado duras sanções contra a Coreia do Norte em 2017, por conta dos testes nucleares realizados por Kim Jong Un. Neste momento, a segunda maior potência militar do planeta tenta comprar arsenais antigos de um país conhecido por priorizar armas, enquanto a população passa fome.
Por sua vez, a Coreia do Norte se movimenta para ultrapassar a Síria, outra aliada da Rússia, e tomar o terceiro lugar no ranking dos países mais sancionados. Não que isso faça diferença, afinal de contas, logo na sequência, despontam outros aliados de Putin: Belarus, Venezuela e Myanmar.
Antes que alguém diga, “mas esses países continuam com seus regimes totalitários, apesar das sanções”, quero lembrar que as sanções são um caminho do meio: são mais do que não fazer nada e são menos do que enviar tropas diretamente para a guerra. Se a Rússia não tivesse armas nucleares, outros países já teriam entrado diretamente nesta guerra. Por sua vez, se a Ucrânia ainda tivesse as armas nucleares que entregou à Rússia em 1994, não estaria sendo invadida pela própria Rússia.
Dito isso, vamos aos números: a Rússia não é apenas o país mais sancionado do mundo atualmente, mas também de toda a história. Ela havia recebido 2.695 sanções após a anexação da Crimeia, em 2014. Ao invadir a Ucrânia em 2022, recebeu mais 14.887 sanções, totalizando 17.582 sanções até o momento. Os números do Irã, no segundo lugar, são bem menores: 3.616 sanções até 2022, por conta de seu programa nuclear, e mais 1.029 desde então, por fornecer armas à Rússia. Os números da Síria, Coreia do Norte e demais países estão no gráfico abaixo:
No gráfico a seguir, estão os países que sancionaram a Rússia, por número de sanções:
Na sequência, a quantidade de sanções contra entidades, indivíduos, navios e aeronaves. A última atualização dos dados foi em 21 de agosto de 2023:
Os dados dos gráficos são do Castellum.AI. Para ter acesso a mais gráficos e à metodologia utilizada, basta acessar esta página.
O texto é muito mal redigido. Quem escreveu este texto com certeza é um lambe botas americano/ eu. Lembrando que a Russia não está em guerra contra a Ucrânia, mas sim contra a Otan, ou seja, mais de 30 paises e mesmo assim não conseguiram subjugar a Russia que sozinha está de pé!
O texto e fraco mesmo .
Vejam a russia esta em guerra com o estados unidos usando vassalos
Mesmo assim a Rússia avança
O objetivo russo sempre foi matar o maior numero de …. ucranianos e eles estao fazendo isso .
E sobre sanções do ocidente sendo que os estados unidos compram ate uranio da Rússia
Rsrs
O maior pais do mundo com mais ogivas nucleares que tem aliado como a china com milhares de soldado que tem iran fornecendo armamento e coreia do norte aposto que muito mais barato que as do ocidente e com o mesmo poder belico ou ate maior
As sanções americanas so servem para o mundo ver como estados unidos usam o dolar papel colorido lastreado em planilhas pingando tinta usa essa moeda como arma .
A uniao europeia continua comprando muita coisa dos russos
Quem mais perdeu foi os vassalos como sempre .
O texto apenas demonstra dados da realidade: a Rússia se tornou o país mais sancionado da história. Demonstra, ainda, um fato inegável: há poucos anos, a Rússia sancionava a Coreia do Norte e agora depende dos arsenais velhos de Kim Jong Un.
A interpretação que você faz é que é fraca. Primeiro que a Rússia não avança há meses e está na defensiva, contra um exército dezenas de vezes menor, contra um país com o qual a Rússia faz fronteira terrestre. Segundo que a Rússia também perde dezenas de milhares de vidas nesta guerra. A diferença é que os ucranianos não têm escolha: se não se defenderem, a Ucrânia acaba. Putin queria sim uma guerra rápida. Isso é óbvio, tanto pelo descolamento das tropas no início da ofensiva, quanto pelos planos de guerra encontrados em campo. Mais ainda: isso foi afirmado pelo próprio Putin, conforme demonstrado no texto.
Menos torcida, por favor. O rublo está derretendo e a Rússia se torna cada vez mais dependente da China. Era isso que Putin planejava: perder soberania para os chineses? Depender de estados párias?
O palhaço só Kremlin…não acerta 1
Vemos aqui mais de algo que não pode sequer ser chamado de pseudo análise porque é mais destes extravasamentos de revolta de manada condicionada que objetiva exclusivamente depreciar a Rússia com a já encardida pecha de “país totalitário que fracassou e está afundando e se humilhando”, sem sequer levantar hipóteses diversas sobre tal iniciativa.
Números: A economia russa cresceu 4,9% no segundo trimestre de 2023 e é a oitava maior do mundo. A inflação russa que em 2022 deu um salto de 9% para 16,7%, caiu para 3,5% em 2023. Além disso suas exportações de petróleo, gás, grãos e minérios tiveram alta expressiva desde o inicio do conflito.
Sobre comprar armamentos da C. do Norte, tomando como exemplo o acordo feito com o Irã para produzir localmente versões de seus drones, que estão se saindo muito bem, em troca de contrapartidas, como a compra dos SU-35 pelo Irã, quem sabe que tipo de acordo Rússia e C. do Norte estão fechando?
Os norte coreanos precisam renovar suas frotas aéreas, terrestres, navais. Não podem pagar tudo no cash, podem trabalhar para os russos de outras formas, por exemplo oferecendo alguns equipamentos em quantidade por custo menor que se fabricados na Rússia.
Existe uma teia de transferência de recursos, sempre existiu, mas que agora está mais ativa, entre estes países sancionados.
A capacidade de abordar a questão de forma tão rasa e tendêrnciosa por parte de pessoas como Vitelio Brustolin não lhe permitem perceber as implicações ocultas nestes movimentos e fazem até o gugu xacra e semelhantes parecerem mestres em geopolítica.
Não há nada no texto que justifique alguém escondido com um pseudônimo como “Paulo Brics” vir aqui insultar o autor. O texto demonstra o número de sanções sofridas pela Rússia e pelos demais países mais sancionados do mundo. Há algum dado errado? Tudo o que está escrito é verdade. As fontes estão citadas no texto e são verificáveis. Por que, então, atacar o autor? Só porque não gostou de ler a verdade? Quem disse que “se quisesse, ocuparia Kiev em duas semanas” foi o Putin. Não concorda com ele? Então, “Paulo Brics”, escreva uma cartinha, externando a sua insatisfação e assinando com o seu nome de verdade e não esse pseudônimo ridículo.
Dito isso, a análise é sobre sanções, mas os dados que o “Paulo Brics” traz são pura propaganda russa, o que me faz perceber que ele deve estar sendo pago em vodka para vir aqui escrever bobagem. Os números demonstram que a economia russa está em queda, embora Putin tenha feito uma reserva de US$ 600 bilhões para esta guerra. A reserva não vai durar para sempre. A guerra entre URSS e Afeganistão, de 1979-89 arruinou a economia da URSS e foi uma das razões que levaram à sua dissolução. O rublo despencou 30% neste ano, as receitas do setor de petróleo e gás foram 41% menores no período de janeiro a julho do que no mesmo período de 2022 e a Rússia está gastando mais de 30% de seu orçamento total como país com a guerra. Vou retomar o argumento da análise: a Rússia está comprando armas de um dos países mais pobres do mundo. Era isso que Putin planejava com esta guerra? Sei que será difícil para o “Paulo Brics” responder a isso, mesmo escondido atrás desse pseudônimo, mas sugiro que procure responder a esse questionamento com educação e argumentos lógicos.
E mais respeito com os autores deste site, por favor. O Brustolin publica análises diárias e participa de programas de televisão analisando a guerra desde que ela começou. E você, “Paulo Brics”, além de disseminar propaganda russa na Internet, faz o que da vida?
A necessidade que você tem em agredir um pesquisador, quando não consegue rebater fatos e informações, diz muito sobre a sua histeria. Isso é típico de ignorantes, com idade mental de uns 12 anos. Brustolin publica artigos científicos denunciando inclusive os Estados Unidos. Artigos publicados na Universidade de Cambridge, que você nem deve saber onde fica.
Vamos fazer assim: no dia em que você publicar um único artigo, um único livro, no dia em que você conseguir responder à pergunta básica dessa análise que tanto te incomodou: “a Rússia está comprando armas de um dos países mais pobres do mundo. Era isso que Putin planejava com esta guerra?” Nesse dia, vire homem e assuma o seu nome. Vir aqui sujar o fórum de discussões é coisa de robozinho russo, de gente com mente binária e manipulada, que acha que guerra é jogo de futebol e fica torcendo, ao invés de encarar a realidade.
Onde, Quem, Quando, Como saiu essa informação?
“Confia em nois cara”
Saber quais são as conversas que o Putin troca com o Cabeça de ovo coreano todo mundo sabe mas o estado real das tropas russas é pura especulação.