Por Milla Maia e Igor Lucena
Contexto Histórico: A Origem do Conflito entre Rússia e Ucrânia
As origens do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, são bem mais antigas do que os últimos acontecimentos, que tomaram conta das mídias a partir de novembro de 2021. Ambos países possuem raízes comuns, contudo avançaram separadamente durante séculos, o que proporcionou o surgimento de duas línguas e culturas, além de Estados com forças e ideologias diferentes.
No século 17, uma extensa área do território atual ucraniano foi integrada ao Império Russo, e a região foi reorganizada em províncias russas. A Ucrânia formou-se como Estado pela primeira vez após a 1ª Guerra Mundial e passou a fazer parte da União Soviética (URSS) a partir de 1922, só se declarando independente em 24 de agosto de 1991.
Os russos, ao longo da história, lutaram para proteger sua extensão, ao utilizar estratégias imperialistas para expandir seu território pelo leste europeu. No período da URSS, esses países formavam um bloco militar chamado Pacto de Varsóvia. Seu adversário era a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), organização militar liderada pelos EUA para proteger aliados de um possível ataque soviético.
Quando a União Soviética acabou, em 1991, esta cortina de ferro, que protegia Moscou, se desmanchou. Contudo, desde então, os russos nunca menosprezaram a possibilidade de serem invadidos. Por consequência da expansão territorialista da Rússia, até o século XX, a Ucrânia foi submetida pela URSS e Rússia a grandes pressões para perda de sua identidade nacional, além de períodos de grande fome, que dizimou uma fração dos habitantes do país.
Esse contexto levou à rejeição de parte dos ucranianos ao Kremlin, que tem em seu passado um marco deixado pelo governo de Joseph Stalin. Milhões de ucranianos morreram durante o governo de Stalin e, até os dias atuais, a Ucrânia não esqueceu esse grande trauma. Com a extinção do Pacto de Varsóvia, a OTAN ampliou sua expansão para países do leste europeu, para desagrado de Moscou, como a República Tcheca, Hungria e Polônia, em 1999; Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia e Eslováquia, em 2004; e Albânia, em 2009.
Pós sua independência, no ano de 1991, ocorreu então, uma aproximação da Ucrânia com as demais nações europeias e americanas. Principalmente quando o país passou a demonstrar o seu interesse em participar da União Europeia (UE), e ingressar na OTAN. Ponto crucial esse, para entendermos os desentendimentos que anteciparam a disputa até os dias atuais, já que esses movimentos ucranianos foram vistos com desconfiança e insatisfação pela Rússia, que teme a influência ocidental da Ucrânia e suas fronteiras. Vale ressaltar que, em 1994, foi assinado o Memorando de Budapeste, de acordo com o intuito de gerar segurança política e nuclear, no qual a Ucrânia aderiu ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
O Memorando foi originalmente assinado por três potências nucleares: a Federação Russa, os Estados Unidos e o Reino Unido. China e França mais tarde deram declarações individuais de garantia também. O memorando foi responsável por conter ameaças, como o uso da força contra a integridade territorial acerca da independência política da Ucrânia, assim como da Bielorrússia e do Cazaquistão. Como resultado, Bill Clinton pressionou a Ucrânia, que cedeu o terceiro maior arsenal de armas nucleares do mundo entre 1994 e 1996.
O interesse geopolítico e econômico pela Crimeia
Apesar da crise que acompanhamos ter a Rússia como seu principal ator dentro do contexto internacional, é importante entendermos que a OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte – tem um papel central, tanto do ponto de vista geopolítico como do ponto de vista militar e da segurança global. A Otan surgiu em março de 1947, com o Tratado de Dunquerque, o qual foi assinado pela França e pelo Reino Unido como um tratado de aliança e assistência mútua no caso de um possível ataque da Alemanha ou da União Soviética, após a Segunda Guerra Mundial.
Em 1948, essa aliança foi ampliada para incluir os países da Europa Ocidental, e também passou a incluir a América do Norte, resultando na assinatura do Tratado do Atlântico Norte, em abril de 1949, inicialmente com 12 países. Ao longo dos anos, ele se expandiu para o leste europeu, contando hoje com 30 nações. O alargamento da OTAN se deu, principalmente, com a adesão de antigas nações da União Soviética como a Letônia, a Estônia e a Lituânia. Neste contexto, os novos membros da OTAN saíram da zona de influência de Moscou e passaram a se tornar membros tanto da União Europeia como ligados aos Estados Unidos, principalmente pelo artigo 5º da OTAN, onde precede que um “Ataque a um membro é um ataque a todos os membros”.
Esse é o principal ponto da crítica do presidente Vladimir Putin, o qual vê essa expansão como um ataque a soberania russa e uma espécie de “cerceamento” das suas fronteiras, com bases militares ocidentais ao redor do seu território.A Ucrânia, uma nação que historicamente tem ligação como o povo russo, a qual tem na sua região o berço da civilização russa, vem durante anos fazendo movimentos de ascensão à União Europeia, e com interesses reais em se associar a OTAN, e esse é um passo que o presidente Putin considera inaceitável.
Relação com a OTAN
Apesar da crise que acompanhamos ter a Rússia como seu principal ator dentro do contexto internacional, é importante entendermos que a OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte – tem um papel central, tanto do ponto de vista geopolítico como do ponto de vista militar e da segurança global. A OTAN surgiu em março de 1947, com o Tratado de Dunquerque, o qual foi assinado pela França e pelo Reino Unido como um tratado de aliança e assistência mútua no caso de um possível ataque da Alemanha ou da União Soviética, após a Segunda Guerra Mundial. Em 1948, essa aliança foi ampliada para incluir os países da Europa Ocidental, e também passou a incluir a América do Norte, resultando na assinatura do Tratado do Atlântico Norte, em abril de 1949, inicialmente com 12 países.
Ao longo dos anos, ele se expandiu para o leste europeu, contando hoje com 30 nações. O alargamento da OTAN se deu, principalmente, com a adesão de antigas nações da União Soviética como a Letônia, a Estônia e a Lituânia. Neste contexto, os novos membros da OTAN saíram da zona de influência de Moscou e passaram a se tornar membros tanto da União Europeia como ligados aos Estados Unidos, principalmente pelo artigo 5º da OTAN, onde precede que um “Ataque a um membro é um ataque a todos os membros”. Esse é o principal ponto da crítica do presidente Vladimir Putin, o qual vê essa expansão como um ataque à soberania russa e uma espécie de “cerceamento” das suas fronteiras, com bases militares ocidentais ao redor do seu território. A Ucrânia, uma nação que historicamente tem ligação como o povo russo, a qual tem na sua região o berço da civilização russa, vem durante anos fazendo movimentos de ascensão à União Europeia, e com interesses reais em se associar a OTAN, e esse é um passo que o presidente Putin considera inaceitável.
O Conflito atual
Desde o final de 2021, a Rússia intensificou suas tropas militares na fronteira com a Ucrânia, o que resultou em uma invasão terrestre, marítima e aérea dessa região, no dia 24 de fevereiro de 2022. Acontecimento, que validou os temores do Ocidente. Foi o maior ataque de um Estado contra outro na Europa, desde a II Guerra Mundial. A tensão entre Rússia e Ucrânia envolve diversos atores políticos em nível mundial e regional.
Os Estados Unidos têm um papel determinante nesse contexto, por serem a maior potência econômica e militar do mundo, além de serem vistos como opositores da política externa russa. Dessa forma, a Ucrânia buscou apoio dos Estados Unidos e seus aliados, com o intuito de fortalecer suas posições militares e políticas em um possível conflito contra os russos. Esse apoio é percebido, por exemplo, por meio da disponibilização estadunidense de armas e treinamentos para o exército ucraniano. Além disso, os Estados Unidos veem no apoio à Ucrânia uma tentativa de enfraquecer as aspirações territoriais russas e, consequentemente, sua influência geopolítica regional. A Rússia e os Estados Unidos são países com visões opostas, o que tem gerado diversos focos de tensão ao longo do tempo, com destaque para o período da Guerra Fria.
O ataque da Rússia à Ucrânia é, mais uma vez, uma forma de combate aos Estados Unidos, que aconteceu semanas depois que o presidente russo Vladimir Putin se reuniu com Xi Jinping, Secretário Geral do Partido Comunista da China e Presidente da República Popular da China desde 2013. Ambos os lados anunciaram uma parceria estratégica destinada a combater a influência dos Estados Unidos. Juntos, Rússia e China possuem o maior arsenal nuclear da atualidade – principalmente pela força bélica e capacidade de cyber ataque por parte da Rússia e a força econômica, tecnológica e tamanho do exército, por parte da China.
Impactos Globais
Um conflito, como o da Rússia e da Ucrânia, tem potencial para envolver diversos países, de forma que pode dividir o mundo em dois grandes eixos e gerar grandes prejuízos para a economia global. A Rússia, possui um dos exércitos mais fortes do mundo e um número considerável de armas nucleares. Já a Ucrânia, modernizou sua capacidade bélica com armas e equipamentos oriundos de países ocidentais. Assim, o conflito pode evoluir para uma guerra em nível regional e até mesmo mundial, pelo apoio das nações ocidentais, como Estados Unidos e Reino Unido, à Ucrânia, assim como países aliados à Rússia, como Belarus e China.
Além do perigo iminente bélico, a Rússia é hoje o segundo maior produtor mundial de gás natural e uma das maiores nações produtoras de petróleo do mundo. Com as notícias sobre o conflito, os preços do gás europeu aumentaram e as expectativas sobre o preço do petróleo Brent, de referência internacional, ultrapassaram US$ 100 o barril. Fato que não ocorria desde 2014. O fornecimento de gás proveniente da Rússia, que passa pela Ucrânia, poderá ainda ser interrompido, afetando o abastecimento de vários países da Europa Central e Oriental. Cenário esse que pode ocorrer durante o inverno e em meio à pandemia de coronavírus.
Uma das alternativas para conter o avanço russo foi a criação de novas sanções dos países ocidentais à Rússia. O presidente americano, Joe Biden, disse que haverá restrições envolvendo transações do governo russo em moedas estrangeiras e o bloqueio dos ativos dos quatro grandes bancos russos. Biden, com isso, ainda declarou que as relações entre Washington e o Kremlin se encontram em ruptura completa. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também anunciou sanções econômicas, como congelamento financeiro e o banimento de exportações.
Conclusão
Após os últimos acontecimentos do mês de fevereiro, o fato é que a Ucrânia, após sua invasão, vive um jogo de perde perde. Se continuar a se defender, provavelmente perderá sua autonomia e teremos em poucos dias a queda do governo central de Kiev para o poder militar russo. E se assinar acordos se comprometendo a não se associar a OTAN, vai demonstrar que sua política externa está subjugada aos desejos de outra nação. Fica evidente que uma “caixa de Conclusão pandora” foi aberta. Um marco do início de uma nova era de conflitos significativos entre as potências ocidentais e as potências totalitárias orientais. Reflexo de um histórico de líderes fracos, pouco preocupados com segurança, democracia e liberdade, que pode culminar em enormes impactos geopolíticos, econômicos, sociais e financeiros para a população global.
Os erros do passado, assim, parecem não terem servido como lição para os envolvidos, ao passo que a história se repete. O conflito se mostra longe de acabar, as sanções aplicadas até agora não surtiram o efeito desejado contra o Kremlin, que se mostra preparado estrategicamente e alinhado com a China comunista de Xi Jinping. Sem uma ofensiva forte por parte da OTAN e principalmente dos EUA, ademais das medidas econômicas e diplomáticas, a Rússia continuará tendo força para continuar sua ofensiva.
Seja qual for o desfecho do ponto de vista geopolítico, é importante firmar que se abre hoje uma nova porta do ponto de vista de relações entre nações, onde o Hard Power passa a ter uma relevância cada vez mais forte nos próximos anos. A segurança nacional passa a ter uma predominância no campo das relações internacionais, tão importante quanto a economia e as finanças. Creio que projetos como um Exército Conjunto Europeu devam avançar com mais rapidez na Europa e nações como a Alemanha e Japão (que possuem conflitos territoriais com a Rússia), devem voltar a se armar para proteção de seus territórios e suas populações. De fato, abrimos uma nova corrida armamentista no planeta.
*Milla Maia e Igor Lucena, economista e doutor em relações internacionais
O mínimo que se pode dizer do texto é apontar suas imperfeições, na verdade omissões propositais, de contexto histórico.
A Rússia não é único “IMPERIO” na história da Europa Oriental, a área onde hoje é a Ucrânia já foi sede da Rússia de Kiev e pertenceu alternadamente à Comunidade Polaco-Lituana, ao Império Austro-Húngaro, o Império Otomano e o Czarado da Rússia.
A participação significativa Ucraniana na segunda guerra em parte ao lado nazista e a TOTAL OMISSÃO sobre a origem e os fatos decorridos na Ucrânia de 2014 até 2022 , em particular as ações Ucranianas ocorridas no Donbass contra a população de etnia Russa, sequer foram citados. Nem ao menos a narrativa Ocidental de invasão Russa na Ucrânia!!!
Como fazer um texto sobre ESTE assunto e IGNORAR os fatos da Criméia e ainda colocar um mapa da Ucrânia INCLUINDO a Criméia como parte integrante da Ucrânia e não CITAR Lugansk e Donetsk???
Como se a Ucrânia não fosse um estado tão democraticamente IMPERFEITO como os países do Ocidente costumam atribuir a legitimidade da Federação Russa e seu Líder. Russía e Ucrânia eram AMBAS parte da URSS e enfrentaram problemas similares para evoluir seu modelo político.
As diferenças são o Arsenal Atômico Russo e o fato que a Rússia retornou ao seu status de Superpotência militar.
Em suma uma análise parcial induzindo claramente uma conclusão SIMPLISTA e favorável as teses do Ocidente.
Incrível atribuir o nascimento da OTAN no pacto de Dunquerque em 1947 entre Reino Unido e França, quando existe um Tratado de criação da OTAN em 1949!!!
O viés ideológico do texto não se esconde quando opõe os EUA como “maior potência econômica e militar do MUNDO” e atribui uma inexistente aliança desde Rússia e China desde 2013 descritas como “Potências Totalitárias”…
Nenhuma surpresa.
Destaque para a frase historicamente hipócrita dizendo que a Ucrânia (um governo pró-Russo até 2014) ansiava unir-se à OTAN e a UE desde sua independência em 1991…
Texto para os cegamente filiados a visão Ocidental…
Desculpe a sinceridade (ou o sincericídio) Padilha mas teu sub-título não pode ser mais impreciso…
Tire o “todo” e acrescente “ocidental” para que ele fique de acordo com o texto…
A invasão Russa vai além de uma mera disputa por terras, e este artigo irá ajudá-lo a entender o contexto ocidental
*cantou
Essas sancoes já começa não surtir efeito o Japão que cautou de galo já disse que não pode se livrar do petróleo russo.
Crianças,
uma prévia para os desavisados
sobre o que está por vir para a econômia europeia. Afinal, não é só a Rússia que vai sangrar econômicamente…
Uma das vítima dessa situação hoje é a BASF. você já ouviu falar deles, certo? Fala-se que a BASF terá que fechar sua enorme fábrica de vitaminas em Ludwigshafen (na Alemanha). As enormes necessidades de energia do local são atendidas por um gasoduto de gás natural alimentado diretamente pela empresa estatal de energia da Rússia, a Gazprom. Prestem atenção, a fábrica é uma importante fornecedora global de vitaminas A, E, B2 e B5 para alimentação animal e cuidados humanos.
À medida que mais e mais indústrias são forçadas a fechar devido aos custos de energia, mais e mais pessoas ficarão sem trabalho não só na Alemanha.
À medida que os custos com combustíveis e energia aumentam, mais e mais tipos de empresas verão quedas nas suas vendas, por conta de ter que repassar estes custos para o consumidor final. Com poucas vendas serão forçadas a fechar. . . Deixando ainda mais pessoas desempregadas.
Uma vez que este ciclo começa, ele se espalha muito rapidamente para TODOS os outros setores de uma economia e de país para país.
Neste momento já está se espalhando para alguns países europeus.
Pra vocês terem uma ideia no Reino Unido, uma fonte me relatou que hoje o litro do diesel custa £ 1,91!!!
Tudo isso porque os globalistas socialistas norte-americanos e europeus querem implantar a m@ldita Agenda 2030 (Nova ordem mundial – Nova Torre de Babel), e a Rússia Cristã é uma ameaça aos seus planos. Por isso querem destrui-la!
Te cuida Brasil!
Grato
Trabalhem irmãos! Trabalhem!!!
Prezados Guilherme Wiltgen e Luiz Padilha,
Boa tarde!
Como está é minha primeira postagem no site gostaria de cumprimenta-los pelo excelente trabalho e por sempre trazerem ótimas matérias sobre os temas defesa e geopolítica. Esses temas, apesar de extremamente importantes são pouco discutidos por nossa sociedade, além de serem pessimamente cobertos pela imprensa e meios de comunicação tradicionais.
Com relação a essa matéria em especial, apesar de ter certeza que a intenção dos editores é informar e propor uma discussão sobre o tema, acredito que a matéria tem erros que levam o leitor menos acostumado ao assunto, a formar uma opinião equivocada. Vamos aos “fatos” citados na matéria:
“Ao longo dos anos, ele se expandiu para o leste europeu, contando hoje com 30 nações. O alargamento da OTAN se deu, principalmente, com a adesão de antigas nações da União Soviética como a Letônia, a Estônia e a Lituânia.”
Essa parte é repetida duas vezes (O interesse geopolítico e econômico pela Crimeia e em Relação com a OTAN) e eu, particularmente, até acredito que os autores a repetem de maneira proposital, dando ênfase e tentando formar a opinião do leitor mais leigo sobre o assunto. Porém, o fato real é que a OTAN é formada por 30 países membros: Albânia, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Canadá, Croácia, Dinamarca, Estônia, Estados Unidos, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Macedônia do Norte, Montenegro, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Turquia. Ao analisarmos a adesão desses novos membros citados na matéria, (todos após 1991) veremos que República Checa, Hungria, Polónia, Bulgária, Estónia, Letónia, Lituânia, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Albânia, Croácia, Macedônia do Norte e Montenegro totalizam 14 países. Apesar de parecer quase metade da OTAN, em termos práticos, financeiros e em poderio bélico não chegam nem a 20% da organização, além de serem quase totalmente dependentes dos demais membros no fornecimento de armas modernas. Tais países se uniram mais para não sofrerem “intervenções” russas (leia-se invasões), do que para enfrentar ou mesmo prejudicar Moscou. Note que o mesmo texto cita: “Esse contexto levou à rejeição de parte dos ucranianos ao Kremlin, que tem em seu passado um marco deixado pelo governo de Joseph Stalin. Milhões de ucranianos morreram durante o governo de Stalin e, até os dias atuais, a Ucrânia não esqueceu esse grande trauma.” O mesmo vale para os antigos países do bloco comunista e antigo Pacto de Varsóvia, que viram na adesão uma forma de se livrar da opressão da Rússia, que de certa forma se tornou herdeiro das armas nucleares, inclusive das cedidas pela Ucrânia em 1994 através do Memorando de Budapeste. Esses países não representam perigo algum para Moscou, sendo discutível o posicionamento armas nucleares nos mesmos. Porém, esses países e a OTAN jamais invadiriam a Rússia, sob pena de aniquilação mútua numa guerra nuclear.
Além de não querer perder sua influência na Ucrânia, a Rússia tenta manter (e pelo visto conseguirá) a estratégica região da Criméia no Mar Negro e as autoproclamadas “repúblicas populares” de Donetsk e Luhansk regiões da bacia de Donbass, onde está a mais importante fonte de energia e a maior região industrial da Ucrânia. Em Donbass o carvão é um dos produtos mais comercializados e produzidos da região. Ela conta com indústrias de carvão altamente desenvolvidas, além de metalúrgicas e empresas diversas. Na minha opinião pessoal, o autocrata Vladmir Putin está agindo como Hitler no início da Segunda Guerra Mundial, tentando manter fontes de energia e mineração e eu sinceramente espero que esta guerra acabe o mais rápido possível.
Espero ter contribuído para a discussão neste que é um dos sites com as postagens mais respeitosas, graças à dedicação e moderação de seus editores.
Sob Stalin TODOS sofreram na URSS incluindo os RUSSOS…
Sua INOCÊNCIA afirmando que a OTAN JAMAIS colocaria armas nucleares nos ex-países do Pacto de Varsóvia e que JAMAIS invadiria a Rússia é COMOVENTE e se alinha “logicamente” com o sentimento que decorre da feroz campanha de cancelamento mundial da Federação Russa promovida pela OTAN que caracteriza uma GUERRA ECONÔMICA DE FATO e os pedidos EXPLÍCITOS para que a população Russa derrube seu governo…
Vai ser INOCENTE nos EUA…
Eu mato seus argumentos com 2 afirmações.
1 – Desde a entrega das armas nucleares da Ucrânia para os russos ficou ACORDADO que jamais a Rússia atacaria a Ucrânia
2 – Não existe esse papo de misseis nucleares na Ucrânia, isso é uma falácia. Não precisa ter misseis na Ucrânia, até porque para atacar a Rússia com as nucleares é possível fazer com bombardeiros, submarinos ou mísseis de cruzeiro. Todos com milhares de quilômetros de distância. Outra coisa, Lituânia, Estônia e Letônia estão colados em Moscou e são OTAN, a ofensiva nucleares poderia acontecer dali, caso o argumento citado por você fosse verdade.
Você não mata nem uma mosca com seus argumentos.
1) a Ucrânia jamais poderia ter entregado algo que nunca foi seu, as armas nucleares da URSS sempre pertenceram ao Comando Estratégico Soviético em Moscou, nenhuma República Socialista Soviética tinha posse das armas nucleares posicionadas no seu território.
Assim como a armas nucleares posicionadas na Alemanha não pertence aos Alemães e sim aos EUA…
2) Existe sim o “papo” de misseis nucleares nas fronteiras da Federação Russa. Me parece que você anda MUITO mal informado. Este perigo passou a existir a partir do momento que os EUA (ainda na administração Trump) se retirou unilateralmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (outubro de 2018) que foi assinado em 1987 por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachov. E em agosto de 2019 os EUA testaram um “novo” míssil intermediário de lançamento terrestre que estaria proibido pelo INF, mostrando CLARAMENTE que antes de sair do tratado os EUA já desenvolvia o míssil.
E este “papo” rola desde 2018!!!
És não só inocente geopoliticamente como também pessimamente informado sobre a REALIDADE da geopolítica mundial…
Acrescento qual sua opinião sobre os EUA financiar desenvolvimento de armas biológicas e químicas na Ucrânia e em outros países da região???
Qual sua opinião sobre oferecer 1 milhão de dólares a pilotos Russos que sequestrarem seus aviões para a Ucrânia?
Qual sua opinião sobre a contratação de 20.000 mercenário estrangeiros pela Ucrânia?
Qual sua opinião sobre a histeria de vitórias e abates Ucranianos quando na REALIDADE a Federação Russa executa cerca de 200 missões diárias e a Ucrânia executa de 5 a 10 missões por dia, segundo dados satélites americanos???
Acorda vivente!!!
Seus argumentos estão completamente errados. A Ucrânia, através de um ACORDO entre OTAN, Ucrânia e Russia concordaram em ceder as armas nucleares na Ucrânia. Tem vasta publicidade desse acordo, tem data certa e fotos. Na outra ponta a Rússia concordava em proteger a Ucrânia de qualquer guerra. Isso é história, é fato, não é inventado. Diferente das suas ilusões de realidade. Inclusive os motores de helicópteros russos até os dias atuais eram produzidos na Ucrânia, havia acordo mútuo de defesa, o que diferia na política.
Na outra ponta, para as suas indagações, quero dizer que você está aqui fazendo textão para defender o indefensável, há nesse momento quase 3 milhões de refugiados, milhares de mortos, cidades destruídas por causa desses seus argumentos políticos idiotas, sem qualquer nexo com a realidade.
Suas palavras resultam em guerra, é fácil defender ditadura sentado na frente de um computador, é fácil inventar questionamentos vivendo no Brasil, quero ver você defender essa sua pauta morando em Kiev.
Para você ter uma ideia, até mesmo os 3 maiores partidos pró-rússia dentro da Ucrânia já declararam apoio a Kiev e lutarão contra a Rússia. Uma coisa é ser pró-rússia, outra é ver seu país ser destruído, familiares e amigos mortos, viver no frio, na fome, com doenças sem remédios, crianças desesperadas no frio.
Tato você quanto Putin vivem no ar-condicionado, comendo salgadinho e bolacha. Na outra ponta, com base nos seus belos argumentos pró-guerra, há milhões de desesperados.
Seus argumentos são falsos, mesmo se fossem verdadeiros, ainda assim não seriam justificáveis.
Cuidado com esse seu amor pela política ideológica, normalmente isso EXTRAI o que existe de pior nas pessoas.
ACORDE garoto, há dor nas suas palavras, há nexo com a realidade, não são palavras soltas! Acorda garoto!
Prezado Gilberto Rezende,
Primeiro, não precisa gritar para responder e se posicionar. Segundo, onde eu escrevi que a OTAN jamais posicionaria armas nucleares nos países do Pacto de Varsóvia? O que eu disse foi: ” Esses países não representam perigo algum para Moscou, sendo discutível o posicionamento armas nucleares nos mesmos.” Eu quis dizer que a Rússia teria razão em não querer armas nucleares nesses países e que contestar, discutir isso seria correto até mesmo com pressão militar, conforme ocorreu na crise dos mísseis em Cuba. Sinceramente espero ter me feito entender. Não estou do lado da OTAN, Ucrânia ou Rússia, estou contra a guerra que só traz sofrimento à população de ambos os lados e tem repercussões em todo mundo. E quem invadiu um país soberano foi a Rússia, então terá que arcar com todas as consequências dessa atitude irresponsável.
O Vladmir Putin discorda 100% da tua avaliação de perigo e temor…
KKK!!!
Eu discordo completamente do texto. Rússia errou feio invadindo a Ucrânia, conquistar é fácil, quero ver mudar a cabeça de 44 milhões de pessoas e a cabeça do bloco europeu inteiro. Para vocês terem ideia do estrago, até os grupos pró-russia dentro da Ucrânia hoje apoiam o governo de Kiev, uma coisa era ser pró-russia, outra, bem diferente, é ver amigos sendo mortos, cidades destruídas, civis sendo fuzilados, blindados passando por cima de carros com idosos dentro, hospital bombardeado, infraestrutura destruída.
O estrago causado pela péssima estratégia de Putin (talvez debilitado pela doença grave) será caríssima para os russos, tanto de imagem, quanto diplomático, confiança, estabilidade, militar e econômico (moeda praticamente perdeu 50% do valor em 1 mês e a Bolsa de valores sequer abre, mercados sem produtos, inflação enorme e desemprego do fechamento de empresas).
Estrategicamente os russos erraram em várias frentes, a China está surpresa com tamanho amadorismo russo, as companhias chinesas irão herdar o mercado russo e Putin (70 anos e doente) vai ver a Rússia comer na mão da China. Tudo por causa da ignorância estratégica…enquanto isso a população russa NÃO cresce há 3 décadas.
PARABÉNS!
E o que DEVERIA na sua visão a Federação Russa ???
Ignorar TUDO que a Ucrânia fez de 2014 para cá???
Pacientemente deixar a Ucrânia virar uma base avançada da OTAN nas suas fronteiras…
O que ocorreria se o México assinasse um pacto militar com a Federação Russa semelhante à OTAN???
Os “democráticos” EUA fariam diferente ou re-editariam a Operação Desert Storm só que nos desertos de Sonora e Chihuahua no norte do México???