MARINHA DO BRASIL
COMANDO DO 4º DISTRITO NAVAL
NOTA À IMPRENSA
Belém-PA. Em 09 de junho de 2020.
A Marinha do Brasil (MB), por meio do Comando do 4º Distrito Naval (Com4ºDN), informa que a empresa Polaris Shipping, proprietária do Navio Mercante “Stellar Banner”, solicitou oficialmente à Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA) autorização para o afundamento da embarcação, declarando a intenção de realizá-lo por livre e espontânea vontade, decisão baseada nos relatórios da Sociedade Classificadora e das equipes de salvatagem, cabendo às autoridades Marítima e Ambiental a apreciação e aprovação do plano apresentado, com data de planejamento para o alijamento na próxima sexta-feira (12).
No documento entregue à CPMA, a armadora assume as responsabilidades com relação à carga que ficará a bordo do Navio e quaisquer outras reclamações futuras e declara que as operações são planejadas e serão executadas por pessoal com conhecimento técnico, habilidade e capacidade necessários, aplicando as medidas de segurança exigidas e utilizando equipamentos e embarcações adequados. Também comunica que está preparada para desenvolver outras ações contra ocorrências fortuitas indesejáveis.
A organização da ITOPF (International Tanker Owners Polutions Federation), contratada pela armadora, acompanha as atividades para avaliar as boas práticas relacionadas às questões ambientais envolvidas no processo de afundamento. As empresas de salvatagem encerraram, ontem (8), a retirada de objetos flutuantes (espias, cilindros de oxigênio) e contaminantes (baterias, computadores) de bordo.
O AHTS (Anchor Handling Tug Supply) Bear, o OSRV (Oil Spill Response Vessel) Água Marinha na contingência, o OSV (Offshore Support Vessel) Normand Installer e o Navio-Patrulha “Guanabara”, da MB, permanecem na cena de ação para monitorar todo o processo de afundamento.
A Marinha do Brasil, por meio do Com4ºDN e da CPMA, mantém a fiscalização das atividades juntamente com as autoridades ambientais do estado do Maranhão, na presença da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Os órgãos e empresas envolvidas continuam envidando esforços e recursos possíveis, visando solucionar o ocorrido, sempre atendendo às normas e legislação em vigor, priorizando a salvaguarda da vida humana no mar, a proteção do meio ambiente e segurança da navegação.
Parabéns Luiz pelas informações. Que tal fazer logística reversa com essa quantidade enorme de material reciclável?? Seria uma atividade econômica a mais e atenderia a necessidade de geração de empregos. Os homens precisam de emprego, o oceano não precisa dessa sucata a mais no seu leito.
Luiz parabéns pela abordagem desse assunto que os veículos de mídia tem ignorado, pois com o seu afundamento, trata-se de um desdobramento ruim para a natureza (apesar de não ter havido perdas de vidas) para essa novela de nome Stellar Banner. O mais incrível em toda essa estória, foi o que desencadeou esse acidente, “ruptura no casco” de um navio fabricado a apenas 4 anos !!! Como explicar isso ? Falha de projeto, falha de material ? Olha… alguém terá de dar muitas explicações (e bem detalhadas) para receber o valor do seguro dessa embarcação.
O que temos visto são navios sendo construídos com uma margem muito pequena para “cagadas” do operador. Os estaleiros estão minimizando custos e ai os navios saem “frágeis”. Temos exemplos de um graneleiro da Vale que do nada rachou. Os 2 petroleiros que o estaleiro Mauá não chegou a entregar, parece que serão descartados pois se deterioraram. Posso estar enganado mas é o que parece.
Que tal a MB testa um torpedo ou mesmo o novo míssil naval de fabricação brasileira ou ainda encher de tiros até afundar, que tal ???
Boa ideia, pensei o mesmo!!!!
Com as verbas curtas para exercícios militares esta é uma oportunidade de ouro. E que escolham um local nas proximidades em que o navio se transforme num futuro ninhal de corais e abrigos de vida marinha, Seriam dois coelhos um uma cajadada só.
Na realidade não é simples assim. Por exemplo, a empresa proprietária pode pedir indenização ou cobrar pelos serviços de fornecimento de alvo…o seguro pode não pagar e ainda sobrar para a MB um processo por estar colocando um navio civil em perigo…
Há uma série de questões a serem avaliadas e recuperar centenas de toneladas de minério é impossível em alto mar. Se vc for até mesmo na baia da Guanabara, há uma porrada de navios descartados dos quais simplesmente tentar remover um motor para tentar reutilizar em terra fica mais caro do que deixar quieto.