Por Monica Garske
Um veículo de assalto anfíbio e oito membros do Marine Corps, acabaram morrendo após um acidente durante um treinamento na costa do sul da Califórnia na semana passada, foram encontrados, informaram oficiais da Marinha dos EUA na terça-feira.
As tripulações da 15ª Unidade Expedicionária Marítima, da Força Expedicionária Marítima e do Grupo Pronto Anfíbio de Makin Island localizaram o veículo de assalto anfíbio (AAV – CLAnf) na segunda-feira, informaram oficiais da USMC em Camp Pendleton na terça-feira. O 15º MEU confirmou que o Comando de Resgate Submarino da Marinha dos EUA havia detectado corpos dos oito tripulantes, perto do AAV afundado. A Marinha agora está ajudando a recuperar os restos mortais.
O USMC disse que “o equipamento para realizar a recuperação do fundo do mar de maneira adequada e segura estará pronto no final desta semana”. Após a recuperação dos corpos, o USMC realizará uma “transferência digna” de seus fuzileiros e marinheiros.
O AAV afundou a uma profundidade de cerca de 385 pés durante uma manobra de treinamento noturno na costa da Ilha de San Clemente, a cerca de 127 quilômetros de San Diego em 30 de julho.
Dezesseis tripulantes estavam a bordo. Um fuzileiro naval foi declarado morto no local do incidente. Sete outros foram resgatados, com dois transportados para o hospital com ferimentos graves. Outros oito membros do AAV estavam desaparecidos e mais tarde presumiu-se que estavam mortos.
O que aconteceu?
Um total de 15 fuzileiros navais e um marinheiro da Marinha estavam dentro do AAV quando o grupo relatou estava entrando água por volta das 17h45 do dia 30 de julho, informou o USMC.
O grupo estava viajando das margens da ilha de San Clemente para um navio da Marinha quando o AVV começou a afundar no meio da rotina de treinamento, de acordo com o tenente Cameron H. Edinburgh, porta-voz do Corpo de Fuzileiros Navais de Camp Pendleton.
A embarcação de 26 toneladas, semelhante a um tanque, afundou numa profundidade muito grande para os mergulhadores, dificultando o acesso.
Oito fuzileiros navais, ou metade dos militares envolvidos no incidente, foram resgatados do AVV afundado naquele dia. Dois deles, em estado crítico, foram levados ao Hospital Memorial Scripps, em San Diego.
Os feridos foram posteriormente identificados como um fuzileiro naval da Bravo Company, BLT 1/4, 15º MEU, e um membro da tripulação de veículos anfíbios de assalto marítimo da Mechanized Company, BLT 1/4, 15º MEU. O estado do tripulante da Marinha foi atualizado para a condição estável no fim de semana, por funcionários do hospital.
O acidente de 30 de julho foi o mais mortal de vários incidentes semelhantes envolvendo veículos AAV, ocorridos durante exercícios de Camp Pendleton em menos de uma década.
Em 2011, um fuzileiro naval foi morto quando um AAV afundou durante um exercício de treinamento em Oceanside Harbor. Seis fuzileiros navais estavam dentro do AAV.
Em 2017, 14 fuzileiros navais e um marinheiro foram hospitalizados após o AVV atingir uma linha de gás natural, ocasionando um incêndio que engoliu a embarcação de desembarque durante um exercício de treinamento em Camp Pendleton. Um dos fuzileiros ficou gravemente ferido .
A Força Expedicionária da Marinha é a principal organização de combate do Corpo de Fuzileiros Navais. Existem três grupos desse tipo, cada um formado por forças terrestres, aéreas e logísticas.
FONTE: NBC SanDiego
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
Parabéns senhor Gilberto Resende, Adsumus!
Semper Fi ADSUMUS 🇧🇷🙏🏻🇺🇸
Muito boa as matérias
Conheci a escola escola dos “YAT YAS” (Camp Pendleton), algumas unidades daquela região…
É uma perda irreparável!
Que Deus conforte os familiares!
Vida que segue!
Se não me engano serviços o senhor no GPTFNB. ADSUMUS 👊🏻🇧🇷
acho que o treinamento de escape estava desatualizado ou o panico tomou conta,considero a ultima mais provável
existe no teto dos Clanfs abertura para se fazer tiro embarcado,sera que não foi possível abrir ? ou foi tão rápido assim pro fundo, a questão aqui é que alguns conseguiram sair a tempo,então não afundou tão rápido assim,visto o relato que perceberam a entrada de água a bordo. acho que o pânico foi o divisor nessa tragedia.
Sr. Gilberto Rezende, Ser líder quando tudo vai bem é relativamente fácil, agora liderar em momentos de exceção é outra situação bem diferente. Fizeste o que tinha de fazer um líder em tempos de Paz, pra que salvar rifles se a missão era de resgatar um grupo de náufragos e o resgate também virou náufrago? Priorizar não só o bem estar, mas a vida de seus comandados, é o minimo que seus homens esperavam naquele momento e o senhor passou com êxito no que talvez tenha sido a maior provação de sua vida, pois em segundos suas decisões daquele momento teriam o condão de influenciar sua vida (e de seus comandos) para sempre!
Gilberto, parabéns pela sua atitude no passado, eu teria feito a mesma coisa.
Este acidente pode gerar três coisas:
1) Investigar qual a causa efetiva que transformou um veículo anfíbio em não anfíbio;
2) Dependente da primeira acima, estabelecer que este tipo de veículo tenha que ser testado quanto a sua estanqueidade ANTES de um exercício real;
3) Entender como numa situação de emergência POSSÍVEL de acontecer neste tipo de veículo anfíbio, METADE do militares marines profissionais não conseguiram sair do veículo e se salvar;
Algo aconteceu e terá que impactar o treinamento dos militares que servem nesta situação.
Quero compartilhar com vocês uma experiência pessoal do meu tempo de Oficial da MB que tem ALGO haver com este acidente.
Servindo na antiga Corveta Bahiana, eu era Oficial de convés e liderei um grupo de resgate naquelas antigas Baleeiras da MB a um veleiro naufragado no litoral gaúcho na praia do Mar Grosso ao norte de Rio Grande.
Como diz o nome, o mar estava realmente grosso e ao fazer a aproximação da linha de praia uma onda maior na sequência virou a embarcação nos transfonando de resgatadores em mais um grupo de náufragos.
Aí estabeleço o paralelo, naquela situação, a mais perigosa da minha carreira naval ao ver meus marinheiros lutando para salvar os equipamentos (incluindo velhos fuzis Mauser) eu aos gritos ordenei a TODOS que largassem seus equipamentos e se dirigissem à praia e procurassem ajudar aos companheiro que eles sabiam que tinham mais dificuldades de nadar.
Fui muito criticado por meu comandante, outros oficiais, pelo grupamento e sofri um IPM.
Fui absolvido, mas mesmo se tivesse sofrido alguma sanção sustentaria a resposta que dei ao IPM.
EU tomei uma decisão que no momento pareceu a mais correta, assumo minha decisão e tenho orgulho de relatar que não perdi nenhum homem sob meu comando imediato. Vou para sempre dormir à noite com a certeza que tomei a decisão correta de priorizar meus camaradas ao material da MB.
Uma coisa que poderia explicar esta tragédia, conhecendo a mentalidade dos marines americanos, que tenha havido alguma tentativa (mesmo que só inicial) de preservar o equipamento pessoal do marine, algo muito caro na doutrina Marine, na saída do veículo (fuzil, mochila e etc) que possa ter contribuíd com o deslinde do incidente.
No meu caso era um veículo bem mais aberto e já estávamos em aproximação da praia.
Os Marines estavam com mais de 400 m de profundidade de água no local do sinistro, em um veículo pesado que deve ter afundado muito rápido e com uma ou duas pequenas escotilhas de escape.
Não sei, por exemplo, se num trânsito deste tipo consta no equipamento dos Marines uma ampola pequena de ar com bocal que permita uma sobrevida maior em caso de inundação. Se não tem, deveria ter.
Qualquer preocupação naquele momento crítico dos sobreviventes em levar qualquer coisa além deles (capacete incluído) PODE ter significado uma perda de tempo no computo geral do evento que acabou vitimando os que morreram no acidente.
O material se repõe as vidas humanas se substitui mas se perdem para sempre para seus familiares e para seus camaradas.
Eu durmo tranquilo até hoje…
Parabéns pela sua sensata decisão! São nessas atitudes onde reside o verdadeiro heroísmo.