Por Minas Tsamopoulos
O NTHI Kallisto (M 63), um caça minas grego, foi cortado em dois hoje às 7h30 da manhã fora do porto de Pireu após uma colisão com o navio Maersk Launceston que literalmente, passou por cima dele!
O Kallisto estava saindo do porto, quando o cargueiro atingiu sua popa, resultando em ruptura e o caça minas começou a fazer água.
Como pode ser visto nas fotos, grande parte da popa do caça minas da Marinha foi cortada. Está em curso uma operação da Guarda Costeira e da Marinha para rebocar o navio até ao porto de Salamina para evitar o seu naufrágio.
Mais cedo, dois tripulantes levemente feridos foram resgatados e levados para o Hospital Naval de Atenas. No total, o Kallisto tem uma tripulação de 27 pessoas.
Até o momento não foi esclarecido como ocorreu a colisão dos dois navios. O anúncio da Marinha grega diz:
“Na terça-feira, 27 de outubro de 2020 e por volta das 07h30 na zona marítima do Golfo Sarônico, um navio mercante colidiu com o NTHI Kallisto. A Marinha empreende todas as ações necessárias para lidar com o incidente”.
Um pouco sobre o MCMV Kallisto
Kallisto é um dos 12 caça minas da classe HUNT que foram construídos pelos estaleiros de VOSPER THORNYCROFT em Portsmouth, Inglaterra.
É feito de Plástico Reforçado com Fibra de Vidro (GRP) de alta resistência e casco amagnético.
Lançado em junho de 1987 e colocado em ação ativa em março de 1989, sendo comissionado pela Marinha Britânica sob o nome de HMS Berkeley (M 40).
Após ser descomissionado, o navio foi recebido pela tripulação grega em Portsmouth, na Inglaterra, onde foi rebatizado como N / THI Kallisto (M 63).
Após o recebimento, o navio permaneceu na Estação Naval de Portsmouth até 30 de março de 2001, quando zarpou e se dirigiu a Grécia.
TRADUÇÃOE ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: PhotoThema
O caça-minas grego teria maiores possibilidades de manobra visando evitar a colisão, do que o mercante de grande porte trafegando no canal de acesso ao porto.
Existem embarcações cargueiras que, devido ao seu tamanho (alguns conseguem transportar mais de 15 mil containers), precisam iniciar o processo de desaceleração 8 Km antes do ponto de atracação.
Não tem muito o que fazer quando qualquer outra embarcação cruza o trajeto definido.
Tenho um conhecido que trabalha como prático no Espirito Santo. O prático é o profissional que assume o comando do navio e o leva para dentro do porto. O Capitão só fica olhando. Certa vez ele me disse que alguns navios levam até 50 minutos para conseguir parar depois de desligadas as máquinas. A inércia deste grandes navios é enorme!!!
Alguém “praticou” uma barbeiragem aí hein!!!