Por César Tralli
A Polícia Federal (PF), com apoio das Forças Armadas, deflagrou uma operação contra o garimpo ilegal no Rio Madeira, na Amazônia, neste sábado (27). Duas lanchas rápidas da PF saíram na frente do comboio para evitar uma eventual debandada dos garimpeiros.
Pelo balanço parcial, houve a destruição de 69 dragas, a prisão de um garimpeiro e apreensão de ouro. As embarcações estavam abandonadas no rio.
Nas últimas semanas, centenas de balsas e dragas atracaram em um único ponto do Rio Madeira, para exploração em massa de ouro. Os garimpeiros se dispersam do local na sexta-feira (26), mas alguns continuaram operando de forma ilegal.
Omissão de órgãos responsáveis
O Ministério Público de Contas acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar uma possível omissão de órgãos fiscalizadores no combate ao garimpo ilegal no rio Madeira, no interior do Amazonas.
No requerimento, o Ministério Público pede que a apuração seja voltada, especialmente, para a atuação da Polícia Federal e Marinha do Brasil.
Os garimpeiros começaram a se dispersar na quinta-feira (25), e desfizeram a vila flutuante na sexta-feira (26), após as imagens repercutirem na imprensa e o governo prometer uma ação de combate ao garimpo ilegal.
O ativista do Greenpeace Brasil, Danicley Aguiar, afirma que essa dispersão faz parte de uma estratégia dos garimpeiros para dificultar a fiscalização.
“O anúncio dessa operação, prometida pelo governo federal, acabou a facilitar que eles construíssem um plano de fuga da região. Permitiu a dispersão dessas dragas, o que dificulta ainda mais o combate a essa atividade”, afirmou.
FONTE: G1