A Força Aérea Brasileira (FAB) deslocou neste fim-de-semana a Maputo, capital de Moçambique, um jato para transportar de volta ao Brasil o brasileiro Gilberto Aparecido dos Santos, de 49 anos, conhecido pelo ‘Fuminho’, que estava foragido e era procurado desde há vários anos pela justiça brasileira e de outros países, com mandato internacional de busca.
A notícia foi divulgada neste domingo, dia 19 de abril, pelo jornalista moçambicano Alexandre Nhampossa, na sua conta de Twitter, que mostra fotografia do avião da FAB pousado no Aeroporto de Mavalane, em Maputo, tendo à sua volta alguns agentes armados da Polícia Federal Brasileira.
Diz Nhampossa que “Moçambique decidiu expulsar administrativamente o traficante Fuminho, por imigração ilegal”. O criminoso, já condenado por diversos crimes no Brasil e suspeito de envolvimento em outros de não menor gravidade, foi “extraditado para o Brasil na madrugada de hoje, numa operação secreta. Também está interdito de entrar no território nacional [moçambicano] por um período não inferior a 10 anos.”
O traficante ‘Fuminho’ foi capturado na tarde de segunda-feira, dia 13 de abril, em Maputo, onde tinha entrado ilegalmente, e encontrava-se hospedado numa unidade hoteleira da capital moçambicana acompanhado por dois comparsas nigerianos, que também foram detidos.
Não se conhecem mais pormenores da operação que leva ‘Fuminho’ de regresso ao Brasil. A captura do foragido “constitui uma importante passo contra as facções que atuam no Brasil, considerou em comunicado a Polícia Federal”, que desde há vários anos procura recuperar o criminoso que constava na lista dos 20 mais procurados segundo a lista divulgada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública do Brasil, em 2019. O Governo Brasileiro já fez nota do seu agradecimento às polícias envolvidas, nomeadamente a de Moçambique, pelo sucesso da operação.
A operação em Maputo resultou de uma ação conjunta da Justiça de Moçambique, através de inspetores e agentes da SERNIC – Serviço Nacional de Investigação Criminal, e de agentes do DEA (Drug Enforcement Administration), órgão da Polícia Federal do Departamento de Justiça dos EUA, que estiveram diretamente envolvidos na busca e cerco ao ‘Fuminho’ na capital moçambicana.
FONTE: NewsAvia