Ele teria colocado um colete com dinamite em mensageiro do hotel. Cerca de 300 hóspedes do hotel foram obrigados a deixar os quartos.
Agentes do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar isolaram a área e terminaram de retirar os cerca de 300 hóspedes. Até as 10h40, o sequestrador havia levado o refém cinco vezes até a sacada do hotel. O refém estava algemado, e o sequestrador armado com uma pistola.
Um publicitário de Ribeirão Preto (SP) que está no DF a trabalho conta que foi abordado pelo homem às 8h40. “Ele bateu na porta do meu quarto e mandou juntar todas as coisas e descer. Estava armado e com o mensageiro já algemado, cheio de bombas no corpo”, diz.
Segundo o publicitário, que não quis se identificar, o homem passou em todos os quartos mandandos os hóspedes descerem. O publicitário desconfiou que fosse um assalto. “Depois, enquanto eu terminava de juntar as coisas, ele voltou no meu quarto e disse que não era roubo nem nada, era terrorismo. Que ele não estava brincando.”
A polícia não confirma que o mensageiro esteja com um colete com dinamites, mas não descarta a possibilidade. Nas imagens do refém junto ao sequestrador é possível ver que o colete tem uma fileira de objetos claros e cilindrícos nas laterais.
O delegado Marcelo Fernandes disse que o sequestrador já foi identificado, mas não revelou o nome dele. De acordo com Fernandes, o homem já teve um cargo eletivo no Tocantins, mas ele também não revelou quando nem qual era o cargo.
Apesar de manter o mensageiro do hotel refém, o sequestrador não tem uma “postura agressiva”, afirmou o delegado. Fernandes disse ainda que todas as falas do homem têm relação com política. Ele pede, entre outras coisas, “a queda da Dilma”, declarou. A interlocução com o sequestrador é feita por três negociadores da polícia.
Curiosos se aglomeravam debaixo do bloco do prédio dos Correios, em frente ao hotel. Eles reclamavam da falta de informações. Hóspedes também diziam que não sabiam quando poderiam buscar as malas.
FONTES: Correio Braziliense e G1
FOTOS: Gabriel Mayer e Polícia Civil