Por Dave Werner
É o começo do fim para a classe de fragatas Oliver Hazard Perry – OHP, e é difícil para eu aceitar isso. O tempo da maré está diminuindo rapidamente, e os arautos de que esse dia chegaria, não fizeram isso ser mais fácil. Quarta-feira é a última vez que uma fragata americana dessa classe será posta em operação (com todo o respeito e reverência ao America’s Ship of State).
A USS Kauffman (FFG- 59), será posta em operação com a 4ª Frota na área de responsabilidade primária ao suporte à Operação Martillo. A força tarefa, resultante da aplicação das leis internacionais conjuntamente à operações militares, inclui os Estados Unidos e nações parceiras da Europa e do Hemisfério Ocidental, visando combater o tráfico ilícito nas águas ao largo da América Central. Quando retornar no final do ano, ela como todas as outras OHPs remanescentes no inventário, será descomissionada.
Não é ilógico aceitar, que nós estamos colocando esses navios fora de uso depois de décadas de serviço e quando um marinheiro passou seus anos de formação em uma fragata dessa classe, é difícil não dar a devida importância. Meu primeiro trabalho como oficial da Marinha foi na USS Taylor (FFG-50). Você pode ler a versão integral sobre a minha primeira missão onde eu comecei na Marinha de uma forma bem fácil (leia aqui). A minha experiência não foi diferente daquelas que muitos outros tripulantes de OHPs experimentaram milhares e milhares de vezes, ao longo dos últimos (quase) 40 anos.
As fragatas classe Oliver Hazard Perry serviram orgulhosas e honradas desde 1977.
Marinheiros e tripulações das fragatas sempre realizaram qualquer missão que lhes foi atribuída com excepcional garra e, na minha humilde opinião, eles sempre foram muito além do seu mero dever. Eles têm sido os verdadeiros “carregadores de piano” da Marinha. Não há nenhuma dúvida de que cada navio e sua tripulação de 200 homens foi de importância crucial durante o século 20. A realidade é que o ambiente naval do século 21, e a capacidade dos EUA para combater as ameaças com sucesso dentro dele, exige sistemas de defesa do século 21.
Olha, não há maior romântico do que eu. Mas a Marinha deve tomar decisões inteligentes sobre como melhor atender às necessidades de segurança do país para os próximos 40 anos. Novos navios como os JHSV – Joint High Speed Vessels, LCS – Littoral Combat Ship, MLPs – Mobile Landing Platforms, e AFSBs– Afloat Foward Staging Bases, possuem capacidades para as demandas no ambiente de hoje.
As fragatas classe Oliver Hazard Perry provaram que a presença realmente importa. Mas não podemos nos lançar à frente com uma plataforma antiquada armada de sistemas de combate que já não são páreo para as armas de hoje cada vez mais difusas e letalmente inteligentes (e estão ficando cada vez mais inteligentes). Os interesses dos nossos marinheiros e aqueles da nossa nação, estão se tornando cada vez mais vulneráveis.
A Marinha dos Estados Unidos nunca deve ir em desvantagem para uma luta. Então, eu estou deixando isso.
Eu lhes desejo bons ventos e mares tranquilos meus companheiros de fragata. Convido a todos os veteranos da classe Oliver Hazard Perry a se juntarem a mim num brinde à última viagem dessa venerável classe de navio. E boa sorte (Godspeed), para a tripulação do USS Kauffman e suas famílias. Estaremos com vocês enquanto navegam em sua última missão e, finalmente, se juntarem ao nosso orgulhoso grupo.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Cleber Barreto
FONTE: Blog Navy Live