US Navy testou o conceito de ‘Littoral Combat Group’ na América do Sul

A US Navy desdobrou um destróier da Classe Arleigh Burke e um LPD da Classe San Antonio para testar um novo conceito que poderá complementar os Esquadrões Anfíbios e os Grupos de Ações de Superfície, como uma formação em futuras operações.



O USS Somerset (LPD-25), o USS Wayne E. Meyer (DDG-108) e o Special Purpose Marine Air-Ground Task Force (SP-MAGTF), realizaram um deployment no Peru como Littoral Combat Group 1 (LCG-1), durante os meses de novembro e dezembro de 2018.

Enquanto no mar, as operações foram conduzidas as missões rotineiras dos navios, apoiando os fuzileiros navais no deslocamento até a costa, embarcando um destacamento da Guarda Costeira (USCG) para missões de Law Enforcement, e uma equipe cirúrgica para trabalhos de assistência humanitária e muito mais. Os dois navios partiram para Valparaíso, no Chile, para a décima primeira edição da EXPONAVAL e para as celebrações do bicentenário da Marinha Chilena.

Neste desdobramento, 1.000 marinheiros e fuzileiros navais do LCG-1, realizaram exercícios com a Infantaria Naval Peruana, em um exercício de assistência humanitária e socorro em catástrofes no distrito de Chorrillos em Lima, no Peru, e realizaram um exercício de patrulha marítima com navios da Marinha equatoriana, para combater pesca ilegal, não regulamentada e não declarada (IUU – Illegal, Unregulated and Unreported), entre outras atividades.

O objetivo do LCG-1 foi elaborar o Comando & Controle, que colocou um Oficial da Marinha como Comandante dos dois navios e do SP-MAGTF, como um Comandante de um Esquadrão Anfíbio (PHIBRON), que supervisiona um Amphibious Ready Group (ARG) e o Marine Expeditionary Unit (MEU), ou um Comandante de Esquadrão de Destróieres (DESRON) em um grupo de ações de superfície. Ainda assim, embora o foco de deployment fosse o Comando & Controle, e não as missões reais que um DDG e um LPD poderiam realizar juntos, é fácil perceber como o Littoral Combat Group poderia ser mais útil no âmbito das operações militares. O DDG tem capacidade de lançar mísseis contra um sistema de defesa inimigo, para permitir que Fuzileiros Navais (Marines) se movam para terra firme, enquanto que o MV-22B do USMC provê apoio às missões de segurança marítima do DDG no mar e assim por diante.

Um oficial da Marinha disse ao USNI News que o Expeditionary Strike Group 3 (ESG-3) foi o líder desse deployment experimental e apresentará à estrutura de comando, as lições aprendidas para revisão. O ESG, que se reporta à 3ª Frota dos EUA (U.S. 3rd Fleet) e inclui o PHIBRON 3, ajudou a organizar os diferentes navios e destacamentos em apenas três semanas, com 28 comandos diferentes. O LCG-1 foi liderado pelo Capt. Ken Coleman, Comandante do PHIBRON 3, que contou com uma equipe de 30 a 35 militares, todos embarcados no USS Somerset.

“A implantação do LCG-1 foi projetada para testar um conceito de Comando & Controle. O Wayne E. Meyer e o Somerset estavam programados para participar da EXPONAVAL, com base em seus cronogramas operacionais, e o LCG-1 forneceu Comando & Controle sob um único comando. As capacidades complementares fornecidas pelas unidades da US Navy e do USMC, vão informar o desenvolvimento futuro da força, como organizar e como empregar as nossas forças navais”, informou a 3ª Frota. “Além de sua participação na EXPONAVAL, o LCG-1 realizou várias missões de treinamento conjunto, enquanto estava na área de responsabilidade (AOR) do U.S. Southern Command”

O LCG-1 reportou-se diretamente à 3ª e 4ª Frotas dos EUA durante esse deployment, da mesma forma que um PHIBRON faria. Ao voltar para casa, o USS Somerset em San Diego (Califórnia) e o USS Wayne E. Meyer em Pearl Harbor (Havaí), o comando foi desfeito. O ESG-3 fará um relato de todas as lições aprendidas para serem apresentadas à cadeia de comando, sobre como poderá ser aplicado daqui para frente, informou um oficial da Marinha norte-americana.

A Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais estão revisando seus conceitos para se alinharem com a Estratégia Nacional de Defesa, que se concentra na guerra contra um adversário igual ou quase semelhante. Enquanto os conceitos anteriores baseavam-se em Carrier Strike Group (CGS) e Amphibious Ready Group (ARG) para navegar em águas incontestadas e conduzirem suas operações, novos conceitos surgem para a coordenação de forças desagregadas em toda a Esquadra, que podem se opor a um adversário em operações em águas azuis ou no litoral.

Tanto a US Navy quanto o USMC estão buscando novas capacidades anti-navio para os submarinos, os navios de superfície e as forças terrestres, e as duas Forças estão buscando novas formas dos fuzileiros navais apoiarem o combate pelo controle marítimo a partir da costa e, da mesma forma, a US Navy apoiar as forças terrestres a partir do mar. Esses dois conceitos-chave, Operações Marítimas Distribuídas e Operações Litorâneas em um Ambiente Contestado, estão sendo desenvolvidos agora e as informações vão contribuir para as próximas aquisições e nos exercício nos próximos anos.

FONTE: USNI
TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO: DAN



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