Prefeitura de Ilhabela decide naufragar navio W. Besnard. Embarcação, ícone da oceanografia brasileira, foi vistoriado pelo Ibama na última quinta (5).
“Após o afundamento, a área do naufrágio será um atrativo para o mergulho, incrementando sobremaneira o desenvolvimento turístico para o nosso município, além da criação de um recife artificial, que promoverá a proteção da biodiversidade marinha e o aumento da produtividade biológica local”, destacou a Prefeitura de Ilhabela, em nota.
A administração municipal também informou que foi aberto um processo administrativo para contratação de uma empresa, que fará o diagnóstico, o licenciamento ambiental e o naufrágio controlado da embarcação.
Sobre a informação de que há alguém morando no navio Professor W. Besnard, conforme A Tribuna On-line relatou na última quinta sexta-feira (6) a Prefeitura de Ilhabela nega, visto que a embarcação é monitorada 24 horas por dia. Na última quinta-feira, em uma vistoria do Ibama, foram encontradas roupas e objetos de homens, mulheres e crianças, o que dá a entender que uma família vive no local.
A partir daí, o Ibama pretende identificar quem são essas pessoas e como são destinados os resíduos produzidos no navio. O trabalho de investigação será iniciado nos próximos dias, segundo a agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, responsável pela autoridade ambiental na região.
História
O navio norueguês, construído em 1966, começou suas atividades pela Universidade de São Paulo (USP) em 1967. O nome é uma homenagem ao primeiro diretor do Instituto Oceanográfico da USP, Wladimir Besnard, falecido em 1960.
Após mais de 40 anos em operação, o W. Besnard se tornou um ícone na história da Oceanografia.
Depois do incêndio que a embarcação sofreu em 2008, sua navegabilidade e outras funções ficaram comprometidas, tornando-a inoperante. Desde então, o navio permanece no Porto de Santos.
FONTE: A Tribuna
COLABOROU: Boiler
FOTOS: USP/Ilustrativas