A China deu poucos detalhes sobre o que o porta-aviões Liaoning, construído pelos soviéticos, irá fazer além de dizer que realiza um exercício de rotina. Taiwan disse que a embarcação contornou águas nos arredores de sua zona de identificação de defesa aérea do leste.
O porta-aviões deve aportar em uma base militar chinesa de Hainan, no sul do país, nesta terça-feira, informou o Ministério da Defesa de Taiwan.
O exercício ocorre em meio a uma escalada na tensão a respeito de Taiwan, que os chineses reivindicam como seu território, o que não lhe possibilita ter relações de Estado a Estado, na esteira de um telefonema do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, à presidente da ilha, um acontecimento que irritou Pequim.
“A ameaça de nossos inimigos está crescendo dia a dia. Devemos manter sempre nossa prontidão de combate”, disse o ministro da Defesa taiwanês, Feng Shih-kuan. “Precisamos fortalecer o treinamento (de nossos soldados) para que possam não só sobreviver em batalha, mas também destruir o inimigo e cumprir a missão.”
Feng fez os comentários durante um discurso em um evento da pasta realizado nesta terça-feira para comemorar a promoção de oficiais militares de alto escalão.
A Força Aérea chinesa realizou manobras de longo alcance neste mês sobre os mares do Sul e do Leste da China, inquietando Japão e Taiwan. Pequim afirmou que estes exercícios também foram rotineiros.
A China reivindica a maior parte do Mar do Sul da China, através do qual cerca de 5 trilhões de dólares em mercadorias circulam a cada ano. Os vizinhos Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã têm reivindicações semelhantes.
O Pentágono não comentou diretamente o exercício mais recente, mas disse que os EUA reconhecem o uso legal de espaço aéreo e marítimo de acordo com a lei internacional.
“Continuamos a monitorar atentamente os desdobramentos na região. Não temos comentários específicos sobre as atividades navais recentes da China, mas continuamos a observar uma gama de atividades militares chinesas em curso na região”, disse o porta-voz do Pentágono, Gary Ross, à Reuters.
FONTE: Reuters