Submarino Humaitá (SBR-2) pronto para a união de suas cinco seções




Por Luiz Padilha

O Defesa Aérea & Naval (DAN), visitou a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) nesta segunda feira a convite da Marinha do Brasil, onde fomos recebidos pelo Contra-Almirante (EN) Celso Mizutani Koga, gerente da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear para uma apresentação onde ele nos atualizou sobre o programa.

O CA Koga informou que todas as partes integrantes do casco de pressão dos submarinos SBR-3 (Tonelero) e SBR-4 (Angostura), já foram entregues na UFEM pela NUCLEP, e no momento passam pela fase de acabamento.

SBR-2 (Humaitá)

O submarino Humaitá se encontra na fase de integração de sistemas e com a união da última seção, no próximo dia 11 com a presença do presidente da república, Jair Bolsonaro, começarão os testes de vácuo, de pressão, das válvulas, das conexões e o cabeamento elétrico. Esses procedimentos levarão mais ou menos 1 ano até que o submarino esteja pronto para ser lançado ao mar.

Vela do SBR-2 submarino Humaitá

O Humaitá deverá ser lançado ao mar no segundo semestre de 2020, segundo a programação.

SBR-1 Riachuelo

O submarino Riachuelo se encontra em fase final de preparação para os testes de mar. No momento diversos testes estão sendo realizados a bordo para que o submarino possa se lançar ao mar e realizar os testes de propulsão, imersão, lançamento de torpedos e demais sistemas inerentes ao seu funcionamento. Os testes de mar envolverão os navios da Marinha para que se possa auferir se tudo o que está previsto em contrato foi alcançado. Após aprovado nesses testes o submarino poderá ser comissionado na Marinha, com previsão de entrega ao setor operativo possívelmente em outubro de 2020.

Perguntado sobre a possibilidade da construção de um 5º SBR caso haja uma lacuna entre o SBR-4 e o SNBR, o almirante disse que o estaleiro está pronto para construir outros e que isso seria ótimo para manter a Mão de Obra empregada, mas que para isso verbas adicionais deverão ser colocadas no programa.

Snorkel estendido do submarino Riachuelo

SNBR-1 Álvaro Alberto

O CA Koga enfatizou a necessidade de se manter a capacitação da mão de obra especializada, e para que seja perdida, está previsto para o início de 2020 a fabricação uma seção de qualificação do casco de pressão do submarino nuclear brasileiro, SNBR. A seção de qualificação é necessária para certificar o processo de construção, verificando se toda a metodologia empregada está dentro do que foi previsto. Uma vez aprovada, se dará início a fabricação das seções do primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro.

Quando se fala em perda de capacitação de mão de obra, apenas como exemplo, o CA Koga citou os soldadores, profissionais altamente qualificados que se ficarem 3 meses sem trabalhar, perdem sua qualificação, sendo obrigados a se requalificar o que gera custo e tempo. Atualmente 13 soldadores brasileiros estão na França trabalhando no Naval Group para manter sua qualificação, com retorno previsto para dezembro deste ano. Está prevista a chegada do aço especial da França para o ano que vem, e tão logo chegue, a NUCLEP poderá dar início a fabricação da seção de qualificação do SNBR, e a previsão do início da fabricação das seções do casco de pressão do SNBR para 2022.

Contra Almirante Koga

Perguntado se o MEP (Motor Elétrico de Propulsão) do SNB, será 100% nacional ou se será importado, o CA Koga explicou que os 4 MEPs dos SBR são fabricados na França pela Jeumont (não estava prevista ToT para o MEP), mas existem estudos para que o MEP do SNBR seja fabricado pela WEG do Brasil num projeto nacional, mas o almirante salientou que os custos de desenvolvimento para poucas unidades são elevados e que as vezes inviabilizam sua produção, e assim, o MEP do SNBR poderá ser importado também.

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