Por Alexandre Gonzaga
Brasília, 07/06/2016 – Representantes do governo federal, das Forças Armadas e de agências públicas, que fazem parte do Sistema Nacional de Mobilização (Sinamob), se reuniram pela última vez, nesta segunda-feira (06), antes da ativação do Centro de Coordenação de Logística e Mobilização (CCLM) que será empregado durante a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
O CCLM, pertencente a estrutura do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa (MD), utilizará uma ferramenta inédita de apoio à tomada de decisões na área de logística em diversas situações durante os Jogos Rio 2016, como calamidades, desastres naturais, atentado terrorista e possíveis contaminações por agentes químicos. Trata-se do Sistema de Apoio Logístico, chamado de Apolo, e que reúne informações gerenciais de diversas áreas como saúde, justiça, telecomunicações, energia, aviação, abastecimento, agricultura e pecuária, meio ambiente, entre outras.
O sistema Apolo, que entrará em funcionamento a partir do dia 1º de julho, durante a ativação do CCLM, vai ajudar a garantir a segurança e a integridade dos atletas, comissões técnicas, turistas, jornalistas, autoridades e chefes de Estado, nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, São Paulo e Manaus, locais em que vão acontecer os eventos olímpicos.
De acordo com o chefe de Logística do Ministério da Defesa, almirante Luiz Henrique Caroli, o Sinamob exerce um papel importante na preparação do País para o enfrentamento de diferentes demandas. “Grandes eventos como os Jogos Rio 2016 são exemplos desse tipo, em que o Brasil precisa reagir a diferentes questões logísticas”, afirma o almirante Caroli.
Atualmente, cerca de 30 órgãos públicos participam do Apolo e poderão acessar informações para tomada de decisões. O Sinamob, criado pela Lei n° 11.631, de 27 de dezembro de 2007, reúne um conjunto de atividades planejadas, orientadas e empreendidas pelo Estado visando ao aumento rápido de recursos humanos e materiais disponíveis para a defesa nacional, sob a coordenação do MD, como órgão central.
Para o subchefe de Coordenação de Logística e Mobilização, brigadeiro Alcides Teixeira Barbacovi, é fundamental que se deixe um legado. “O objetivo é deixarmos uma ferramenta que seja usada em qualquer sistema e em qualquer situação de emergência que o País sofra. O nosso foco agora são os Jogos Olímpicos, mas o legado é para qualquer problema que tenhamos”, acrescentou o militar.
O Apolo, desenvolvido pelo Centro de Análise e Sistemas Navais (CASNAV) da Marinha do Brasil, foi testado em operações conjuntas e interagências, como a Ágata. O sistema ainda promove a integração de conhecimento que pode ser usada, tanto na defesa do País, como em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Ele contará com informações dos ministérios da Fazenda; da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; das Comunicações; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; de Minas e Energia; do Trabalho e Previdência Social; da Saúde; dos Transportes e do Planejamento, Orçamento e Gestão, além de agências governamentais.
FONTE: MD
Fotos: Tereza Sobreira