RS inaugura fábrica de semicondutores

Com a presença da Presidente da República, do Governador do Estado, do presidente da Hana Mícron, Chan Ho Cho, e do presidente da HT Micron no Brasil, Ricardo Felizzola, foi inaugurado neste sábado (7) a maior fábrica do Hemisfério Sul de encapsulamento e testes de semicondutores.

Localizado dentro do complexo Tecnosinos, o empreendimento da HT Micron já recebeu R$ 120 milhões, dos R$ 200 milhões previstos até 2019. A unidade teve apoio financeiro do Badesul, Banrisul, Finep e BNDES, além de incentivos fiscais do Governo do Estado e município.

“Este é um momento de comemoração da boa parceria entre uma empresa brasileira, uma coreana, a União, o Estado e o município”, afirmou Dilma. A educação no Brasil – garantiu ela -, terá cada vez mais papel estratégico, como a formação profissional de cientistas, pesquisadores e técnicos. Assim o país entrará, seguramente, em definitivo na economia do conhecimento. A presidente brincou ao dizer que tem ouvido um trocadilho sobre a região – “o vale do sul-lício”. Mas acrescentou: “aqui podemos de fato estar estruturando o vale do silício brasileiro”.

O governador Tarso Genro ressaltou a sinergia entre União, Estado, município e a academia, como responsáveis por empreendimentos como o da fábrica da HT Mícron. “Isso enche o Rio Grande do Sul de orgulho e satisfação”, disse. Tarso falou da boa fase do Estado, com o crescimento de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre em 2014, sobre o resultado do mesmo período do ano anterior. “Estamos dando uma boa contribuição ao PIB nacional”. O governador também comemorou a já registrada redução das desigualdades sociais e regionais no RS, assim como a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano no Estado.

Tarso e Dilma saudaram o empresário Ricardo Felizzola, o sul-coreano Chang Ho Choi, e o reitor da Unisinos, padre Marcelo de Aquino. Em seu pronunciamento, o presidente da Hana Micron e também do conselho de administração da HT Micron, Chan Ho Cho, afirmou que em três a cinco anos a indústria de semicondutores do Brasil estará estruturada e terá como base a HT Mícron. Ricardo Felizzola disse que a fábrica é a consolidação de um projeto referencial para o Rio Grande do Sul e para o Brasil, um exemplo de interação entre universidade, empresas e políticas de governo coerentes com o desenvolvimento tecnológico. O prefeito de São Leopoldo, Anibal Moacir da Silva observou: “Queremos o Vale do Silício no Vale dos Sinos”.

Apoio financeiro

No investimento da fábrica de encapsulamento de semicondutores, o Badesul aportou R$ 35,7 milhões e o Banrisul R$ 13 milhões. A meta da HT Micron é faturar mais de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos. A empresa está inserida na cadeia moderna de produtos eletrônicos da Tecnologia da Informação (tablets, notebooks, smartphones). Produz smart chips, solid-state drive (SSD) e MCP, entre outros componentes de TI. A unidade terá capacidade para encapsular 360 milhões de chips/ano em 2019. Hoje o Brasil produz somente 2% dos chips que consome.

Quando a unidade da HT Micron atingir sua produção plena, o percentual se ampliará para 20%. Assim, será reduzido o déficit na balança comercial do país, causado pela importação de semicondutores.

A HT Micron, que ocupa 10 mil metros quadrados de área construída no Tecnosinos, dos quais 7,5 mil metros de “sala limpa”, gera 340 empregos diretos. Está prevista a criação de 800 diretos nos próximos anos. A HT Micron foi fundada em 2009, em uma joint-venture com a sul-coreana Hana Micron e a brasileira Parit (detém 50% do controle da HT Micron). A Parit é uma holding de investimentos com participação das empresas Altus e HT Micron.

COLABOROU: Fred

Sair da versão mobile