Rendição de esquadras no Golfo Pérsico será operação de rotina na preparação para a guerra?

O porta-aviões da marinha americana USS John C. Stennis (CVN 74) está de partida para o Golfo Pérsico. O Carrier Strike Group 3 (CSG-3), por ele capitaneado, irá substituir na região outra esquadra chefiada pelo veterano da marinha dos Estados Unidos, o porta-aviões USS Enterprise(CVN 65).

O Stennis entra em serviço quatro meses antes do prazo planejado. O Pentágono quer reduzir ao mínimo o intervalo em que os EUA terão na região do Golfo Pérsico apenas um porta-aviões. A probabilidade de um novo conflito armado no Oriente Médio continua a ser elevada e Washington tenciona manter as mãos livres, considera o perito Evgueni Satanovski.

“Estamos, sem dúvida, a aproximar-nos de uma guerra no Golfo. Se o presidente, na qualidade de comandante-em-chefe das Forças Aramdas dos EUA, tiver de decidir quanto a uma intervenção num conflito militar ou um ataque preventivo contra o Irã, ele terá de ter os instrumentos necessários para isso, o que é totalmente lógico.”

A probabilidade de um conflito continua tão elevada quanto no início do ano, quando muitos pensavam que a guerra era inevitável. A esta altura, as “expectativas bélicas” levaram ao envio para o Golfo Pérsico do porta-aviões USS Enterprise que, segundo os planos do comando americano, deveria ter sido desativado do efetivo da marinha dos EUA ainda na primavera deste ano, recorda o perito militar Konstantin Bogdanov.

“Se trata de uma substituição já completamente planejada. É que o porta-aviões Enterprise, que é o “avô” da frota nuclear da US Navy, tem tido o seu tempo de vida útil várias vezes prolongado. O Stennis vai substituir o Enterprise, o que é um acontecimento de rotina do qual só se pode tirar uma conclusão. Isso significa que os Estados Unidos tencionam continuar a manter a composição do grupo de forças na zona do Golfo Pérsico tal como foi formulada no inverno deste ano.”

Os especialistas indicam que mesmo dois porta-aviões, com os seus arsenais, não serão suficientes para uma campanha aérea em larga escala contra um país com as dimensões do Irã. Por isso, provavelmente só se poderá falar a sério sobre um possível início da guerra se aparecer, no noroeste do Índico, um terceiro porta-aviões americano.

FONTE: Voz da Rússia FOTOS: US Navy

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