Protegendo um gigante – O destróier classe Type 055 ‘Nanchang’

PLAN Type 55 Nachang




Por Vinicius Costa

Um ritmo frenético pode ser observado nos estaleiros da República Popular da China (RPC). Apenas em 2019, a RPC lançou um total de 24 navios para a People’s Liberation Army Navy (PLAN). E 2020 mostra que será mais um ano de feitos significativos no setor naval em termos quantitativos e qualitativos.

No dia 12 de janeiro de 2020, em uma grande cerimônia no porto de Qingdao, província de Shandong, a PLAN comissionou o primeiro destróier da classe Type 055, o Nanchang. A referida classe, lançada em junho de 2017, desloca 10.000 toneladas, possui um sistema vertical de lançamento de mísseis (VLS, na sigla em inglês) com 112 células que podem empregar uma ampla gama de mísseis antiaéreos (HHQ-9), antisuperfície (YJ-18), mísseis de ataque ao solo (CJ-10), além de mísseis e torpedos de emprego antissubmarino (AS). Pode embarcar 2 helicópteros de emprego AS do tipo Changhe Z-18F, mas apesar disso, é caracterizado como um destróier de emprego geral.

Esta nova classe de destróier a ser empregada pela PLAN é considerada a quarta desse tipo de navio empregada pela PLAN. Embora na RPC a classe Nanchang seja designada como um destróier, muitos analistas ocidentais a consideram um cruzador de mísseis guiados, comparável às classes Ticonderoga (EUA) ou Slava (Rússia) devido ao tamanho e ao poder de fogo.

No entanto, o fato mais significativo em relação aos navios dessa nova classe é a missão que receberão, sendo cotados para serem os principais navios escolta dos porta-aviões chineses. Isto demonstra um grande salto tecnológico para a RPC, pois a formação de um Strike Group nucleado por um porta-aviões requer embarcações
com capacidades oceânicas/expedicionárias e sistemas de combate no estado da arte, além de uma cadeia logística consolidada e tripulações aprestadas. E o principal: a evolução de uma Marinha costeira para uma Marinha expedicionária capaz de empregar seu poder de fogo para áreas cada vez mais distantes, na marcha para uma Marinha de atuação global. Um sinal de alerta para os Estados vizinhos de toda a Ásia.

FONTE: Boletim Geocorrente

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