Por Fausto Macedo E Julia Affonso
A remodelação e o redimensionamento do projeto original do VANT , que passará por um processo de transição, são a nova meta da Direção-Geral da PF.
A PF informou que, nos próximos dias, será constituída uma comissão de policiais para elaborar as diretrizes do novo projeto, denominado IntegraVANT. Essa medida decorre do emprego de outras ferramentas de tecnologias adquiridas recentemente pela PF, que elevaram muito a capacidade das operações aéreas a partir de sistemas de imagem, comunicação em tempo real e georreferenciamento.
“O remodelamento da utilização das ferramentas na repressão ao crime organizado impõe o desafio de também adequar as doutrinas de imagens e de operações aéreas”, informou a PF.
O Veículo Aéreo Não Tripulado é uma ferramenta de inteligência utilizada pela PF no combate ao crime organizado, especialmente na região de fronteira. O VANT voa sem tripulação a bordo, sob controle remoto.
As características especiais da aeronave permitem que ela voe 37 horas ininterruptas e possa ser operada a uma distância de até 250 quilômetros das estações de controle em terra. Equipado com câmeras diurna e noturna, pode fotografar e filmar pessoas ou objetos no solo, de uma altura que pode chegar a 30 mil pés, ou dez quilômetros, sem perder a nitidez.
Por ser equipado com radar do tipo SAR, tem capacidade para obter imagens similares a fotos aéreas, com altíssima resolução, além de detectar movimentos no solo, entre outras funções.
A tríplice fronteira foi definida como prioridade para a instalação e operação dos dois primeiros VANTs, região para onde a PF deslocou reforço de pessoal e de materiais ‘visando ao enfrentamento da criminalidade organizada’. Isso não impediu que as aeronaves atuassem em outras áreas do território.
A PF foi a primeira força policial do mundo a utilizar esse tipo de equipamento para o emprego em atividades voltadas à segurança pública. Até aqui, o VANT era exclusivamente uma ferramenta de inteligência e o SISVANT – Sistema de Veículos Aéreos da Polícia Federal – tinha como função principal monitorar as áreas de fronteira.
FONTE:Estado de São Paulo