Em setembro, uma troca de comando envolvendo militares em operação de paz no Haiti deixou evidente mais uma vez o sucateamento da Defesa Nacional. Isto porque eles somente conseguiram deixar a capital daquele país por meio de uma aeronave fretada pela Etiópia. “Falta recurso até para o combustível”, disse.
Ela explanou aos demais senadores que o orçamento de 2014 para as três forças é de R$14,1 bilhões, sendo R$5,8 bi para o Exército, R$4,8 bi para a Marinha e R$3,5 bi para a Aeronáutica. “Somente o Exército necessitaria de R$ 21 bi para atuar de forma plena”, disse.
“O orçamento para o programa de defesa cibernética ficou em R$70 milhões, sendo 20% a menos que o mínimo necessário. “Desse jeito pode-se dizer que continuaremos atrás de outros países que investem em tecnologia e inovação”, frisou, lembrando o caso de espionagem recente contra a presidenta.
RECURSOS
70 MI
Recurso destinado à Defesa Cibernética que será implantado a partir de 2014 é de R$ 70 milhões, sendo 20% menor do que o mínimo necessário. Orçamento total do próximo ano para as três Forças é de R$ 14,1 bilhões
BUROCRACIA
Falta interesse
Para a senadora, a excessiva e cara burocracia da estrutura pública federal, construída ao longo de uma história pacífica, sem grandes guerras ou conflitos, colaboram para diminuir o interesse político pelas Forças Armadas, o que é um grande equívoco. Ela respondeu às perguntas que a coluna encaminhou terça-feira.
MÁ GESTÃO
Arrecadou R$ 1 tri
“Há problemas de recursos e também de gestão. A arrecadação do governo federal continua alcançando sucessivos recordes. Em novembro, por exemplo, ultrapassou a barreira de R$1 trilhão no acumulado dos 11 primeiros meses deste ano”, destacou a senadora, reforçando a tese de que a Defesa brasileira é preterida.
PROTAGONISMO
Orçamento sem corte
“É preciso dar maior protagonismo aos militares e às instituições responsáveis por preservar a segurança do território, das fronteiras, do espaço aéreo, das áreas costeiras e fazer a indústria da defesa um polo de desenvolvimento tecnológico nacional, com previsões orçamentárias mais claras e sem cortes”, disse.
ESPIONAGEM
Efeitos práticos
“As ações do governo brasileiro contra a espionagem internacional só terão efeitos práticos e duradouros se os investimentos em infraestrutura militar e Defesa, inclusive das redes de comunicação, forem tratados de modo estratégico, sem improvisos ou bloqueios de despesas no orçamento”, finalizou.
Fonte: O Dia – Coluna Força Militar – Osni Alves