No dia 12 de abril, o Navio Polar “Almirante Maximiano” e o Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel” regressaram ao seu porto sede, no Rio de Janeiro, após 186 dias de comissão. Cada Navio realizou 10 passagens pelo Estreito de Drake, tendo navegado por cerca de 20.000 milhas náuticas, em mais de 140 dias de mar.
A OPERANTAR XLI marcou o retorno das atividades de pesquisa em sua plenitude, incluindo a navegação para além do Círculo Polar Antártico, marco este que só ocorreu em 2002.
Durante a expedição, o NApOc Ary Rongel e o NPo Almirante Maximiano prestaram apoio logístico à EACF e conduziram importantes atividades científicas na região, em prol do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), sob a coordenação da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM). Os Navios realizaram transporte e apoio a mais de 100 pesquisadores, em 21 projetos de pesquisa. Foram transportados cerca de 2.000 m³ de material para a EACF, bem como trazidos, em retorno ao Brasil, 13 Módulos Antárticos de Emergência. A Comissão produziu, ainda, cerca de 1.286 km² de área hidrografada, realizando 98 estações oceanográficas, 16 estações geológicas e efetuando lançamento de 15 boias meteoceanográficas de deriva, reafirmando o compromisso assumido com a Comissão Hidrográfica na Antártica (HCA), órgão da Organização Hidrográfica Internacional (OHI).
O regresso da OPERANTAR XLI marca, de forma significativa, os 40 anos da Operação Antártica, desde sua primeira expedição, realizada em 1982, pelo então Navio de Apoio Oceanográfico “Barão de Teffé”. Anualmente, a OPERANTAR contribui para o reconhecimento do Brasil como Estado atuante nas questões do continente Antártico. Além disso, demonstra os esforços da Marinha do Brasil para o avanço da cooperação internacional e do desenvolvimento científico.