Embora nenhuma decisão tenha sido tomada sobre se o HMS Albion (L 14) e o HMS Bulwark (L 15) serão desativados, o Forces News analisa o que isso poderia significar e por que, se isso acontecer, provavelmente haveria uma redução considerável na capacidade anfíbia.
HMS Albion e HMS Bulwark são as Landing Platform Docks (LPD) da Royal Navy, projetadas para apoiar Royal Marines por mar ou por ar. A desativação dos dois navios significaria para o Royal Marines, o risco nas implantações do Littoral Response Group (LRG), que a RN tem defendido nos últimos três anos.
Os dois navios, com 176 metros de comprimento, podem transportar quatro LCU (Landing Craft Utility) no interior da doca alagável, além de quatro LCVP (Landing Craft Vehicle Personnel), duas de cada bordo.
A Royal Fleet Auxiliary (RFA) oferece algumas capacidades semelhantes, e com Albion e Bulwark fora de ação, o Landing Ship Dock (Auxiliary) (LSD A) da classe Bay, está apoiando a implantação e o treinamento do Royal Marines.
Os navios da classe Bay podem transportar um LCU no interior e um ou dois LCVP no convés, mas estes precisam ser içados a bordo, tornando o processo muito mais lento.
Os navios da RFA também não conseguem se defender, então é aqui que navios como Albion e Bulwark podem fazer a diferença.
O Royal Marines tem utilizado cada vez mais a RFA, enquanto o HMS Bulwark não estava pronto para substituir o HMS Albion, que desempenhava a função de UK’s Amphibious Flagship.
São poucas as atualizações sobre o retorno do HMS Bulwark às operações, mas o navio compartilhou nas redes sociais, no início de dezembro, que havia sofrido uma flutuação parcial dentro da doca seca em que se encontra atualmente, descrevendo o evento como um “marco importante”.
Fontes da RN dizem que entendem que o HMS Albion, o HMS Bulwark e a Fragata HMS Westminster, nunca mais sairão de Devonport ou entrarão em operações novamente.
O que foi dito sobre o HMS Albion e o HMS Bulwark?
O Times já havia afirmado que o Albion e o Bulwark seriam desativados de acordo com os planos do governo para compensar a falta de tripulantes, mas o ministro da Defesa, James Cartlidge, falando na Câmara dos Comuns, garantiu aos deputados que nenhuma decisão final teria sido tomada.
Um porta-voz do MoD disse ao Forces News que “O Royal Marines Commando Force é altamente treinada e altamente qualificada e pronta para ser implantada globalmente. Os LPD continuam a fazer parte da frota da RN e têm maior capacidade anfíbia que os navios da classe Bay. Os requisitos operacionais da RN são mantidos sob constante revisão e o Ministério da Defesa está empenhado em garantir que a Marinha tenha as capacidades necessárias para atender aos requisitos operacionais atuais e futuros.”
O que vem a seguir para o Royal Marines?
Embora a perspectiva de os navios serem colocados em prontidão prolongada fosse um golpe, não seria o começo do fim para os Royal Marines.
As tropas estão muito ocupadas e são implantadas em outros navios da Marinha Real, como Fragatas Type 23, destróieres Type 45 e nos OPV, mas colocar o Albion e o Bulwark em prontidão prolongada, navios que foram comissionados em 2003 e 2005, respectivamente, colocaria em risco as implantações do LRG.
O HMS Albion passou os últimos anos liderando o Littoral Response Group (North), uma força capaz de se deslocar por toda a Europa e reagir a crises e eventos mundiais.
“Litoral” refere-se ao trabalho nas regiões costeiras, que é crucial para levar tropas, reabastecimentos e munições do mar para a costa. O trabalho pode envolver o reconhecimento da costa, o reconhecimento do interior, o envio de equipes de ataque para terra e a segurança de uma área para missões humanitárias.
O Littoral Response Group (South) está atualmente embarcado na RFA Lyme Bay, com a tarefa de transportar ajuda humanitária para Gaza. A RN tem defendido as missões do LRG nos últimos anos.
Embora os navios da RFA possam continuar a apoiar as implantações do Royal Marines, o Reino Unido continua a trabalhar com a Holanda para desenvolver a próxima geração do Littoral Strike Platform, o Multi Role Support Ships (MRSS). Essas embarcações serão projetadas para desembarque e para operar em Grupos-Tarefa anfíbios.
Os navios deverão entrar em serviço na década de 2030.
FONTE: Forces News
FOTOS: RN/RFA