Chefes militares britânicos foram estão “monitorando cuidadosamente” os desenvolvimentos após a Argentina anunciar o investimento de £ 3 bilhões na reformulação de suas forças armadas.
A notícia surge meses antes do início das perfurações para exploração de petróleo ao largo das ilhas Falklands, provocando dificuldades à presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner.
No mês passado, ela criou um novo posto no gabinete, a do Secretário para as Malvinas, o nome que seu país dá para as Falklands.
Enquanto isso, o secretário de Defesa Philip Hammond, recusou-se a confirmar se a Grã-Bretanha iria retomar as Falklands, caso elas fossem invadidas por forças inimigas.
O dinheiro extra significa que, a Argentina vai aumentar os gastos com defesa em 33,4% este ano, o maior aumento em sua história. Incluirá £ 750 million por 32 programas de aquisição e modernização. Estes incluem tanques médios, aviões de transporte e reforma de navios de guerra e de submarinos. A lista de compras também inclui sistemas de defesa aérea de fabricação israelense, embarcações de ataque naval, sistemas de foguetes, helicópteros e um projeto de Drone.
Haverá uma série de recursos hi-tech para o exército e a formação de novas unidades de comando e de forças especiais.
Em agosto do ano passado,o Sunday Express revelou detalhes de um contrato para comprar 20 caças de fabricação francesa Mirage da Espanha, que daria à Argentina, capacidade de atacar o aeródromo de Port Stanley com bombas guiadas a laser.
Fontes da empresa de petróleo e gás britânica Rockhopper Exploration, confirmou que as perfurações poderiam começar em alguns meses. O campo de Sea Lion é esperado para produzir cerca de 394 milhões de barris de petróleo, “Estamos apenas à espera de um equipamento, o que não é fácil de organizar no Atlântico Sul, antes que possamos passar para a próxima fase”, disse a fonte.
O novo Secretário da presidente Kirchner para as Malvinas, Daniel Filmus, enviou mais de 200 cartas para a empresa de petróleo, ameaçando-as com multas de até US$ 1,5 bilhão e termos de prisão com penas de 15 anos, caso houvessem perfurações sem o consentimento de Buenos Aires.
Embora as ameaças não tenham validade nas leis internacionais, elas saõ vistas como um exemplo das ações da presidente para buscar apoio político.
O Reino Unido tem fortalecido suas defesas das ilhas com quatro Eurofighter Typhoons da RAF e 600 soldados. Um submarino nuclear da Royal Navy, armado com mísseis de cruzeiro Tomahawk, visita as ilhas duas vezes por ano.
Fontes militares disseram ao Sunday Express que estavam “monitorando cuidadosamente” a situação. O temor por um ataque, realizado forças especiais argentinas, visando danificar a pista de Port Stanley, é real.
O Almirante Lord West, que estava no comando do HMS Ardent, quando ela foi afundada na Guerra das Falklands/Malvinas, disse: “Qualquer grande aumento das despesas com defesa, por parte da Argentina, deve ser vista com atenção. Preocupa-me que, sem porta-aviões, somos incapazes de recuperar-las”.
Ele disse ainda que os novos porta-aviões britânicos não estarão operacionais até 2020 e, até então, a Argentina terá uma janela de oportunidade.
FONTE: Express