Por Luiz Padilha
Desde que foi publicado em um site estrangeiro a informação de que a Marinha do Brasil estaria vendendo 2 de seus submarinos classe Tupi para a Armada Argentina, com possibilidade de que os 4 fossem negociados, no país a todo instante surgem matérias a respeito deste assunto.
A bem da verdade, o que ocorre é que ultimamente temos visto com uma certa frequência nas mídias, notícias não oficiais, sem confirmações de assuntos internos da Marinha. Assuntos que deveriam estar sob sigilo vem à tona através de pessoas que escutam algo, não entendem muito bem do que se trata, mas preferem mesmo assim divulgar o que entenderam, e daí surgem todas essas especulações.
O cenário é muito mais simples do que está sendo apregoado. A Marinha iniciou um estudo para, CASO resolva alienar/vender um ou dois de seus submarinos mais antigos, verificar como deveria proceder, pois isso nunca foi feito antes. Um estudo não implica em “venda”, um estudo é apenas um estudo. OK, se há o estudo é porque há uma mínima possibilidade de venda. O correto seria checar com a Marinha e não fomentar inverdades, pois isso pode atrapalhar, e muito, negociações em andamento, prejudicando a Marinha, e é isso que não conseguimos entender.
Empresas no exterior, ao lerem este tipo de notícias, se fecham e acabam até mesmo cancelando compromissos para reavaliar suas atuações em nosso mercado. Qual o motivo para se jogar no ventilador algo sem o conhecimento devido? Qual o interesse nisso? Furo? Cliques? Likes? Ou atrapalhar a Marinha? A colocação abaixo da Marinha não afirma e nem confirma VENDA de nenhum submarino, muito menos os 4 submarinos classe Tupi.
“Aprofundar a cooperação binacional na área de submarinos convencionais, incluindo a possibilidade de reparo, manutenção e construção e o estudo das possibilidades de transferência de submarinos IKL da Marinha do Brasil à Armada Argentina.”
Um site estrangeiro jogou isso na internet e todos deram como verdadeira uma notícia de fonte estrangeira sem ao menos checar sua veracidade junto a Marinha do Brasil, gerando ruídos desnecessários.
Vamos tentar evitar esse tipo de especulação?