Por Bruno Amorim
Marinha já fez mais de mil inspeções durante o Mundial. Trinta e seis barcos foram apreendidos
O aviso à embarcação suspeita é claro: parem suas máquinas ou abriremos fogo. Pelo rádio do Navio Patrulha Oceânico Amazonas P 120 – e de outras 23 embarcações da Marinha empregadas na patrulha da costa do Rio de Janeiro e do Espírito Santo -, o alerta foi feito a 1.081 barcos que navegavam na região do 1º Distrito Naval, desde o dia 28 de maio, quando começou a operação de defesa para a Copa do Mundo.
Desde então, 200 foram notificados e 36 apreendidos por problemas de documentação ou falta de material de segurança.
Durante as partidas do Mundial no Maracanã, as patrulhas são intensificadas. Além disso, a Marinha trabalha para garantir a segurança de alguns pontos-chave: o Fifa Fan Fest e o Centro Aberto de Mídia (CAM), em Copacabana, além dos hotéis na orla que hospedam seleções estrangeiras, chefes de estado e a diretoria da Fifa.
De acordo com o comandante do Navio Patrulha Oceânico Amazonas, o capitão de fragata Álvaro Lemos, nenhum tiro foi disparado da embarcação com 1.800 toneladas (o mesmo que uma corveta), armada com um canhão e quatro metralhadoras, desde que foi comprado pela Marinha, em 2012.
– O próprio tamanho do navio já intimida barcos menores – diz Lemos