No dia 24 de abril o BPC Mistral L 9013 e a Fragata La Fayette F 710 da Marine Nationale chegaram ao Rio de Janeiro, em mais uma escala de sua volta ao redor do Atlântico (entre março e julho) para a Missão Jeanne d’Arc 2014.
Após cinco dias atracado na Praça Mauá, para descanso das tripulações, os navios suspenderam no último dia 29 de abril, para dois dias de exercícios com os Fuzileiro Navais da Marinha do Brasil, no interior da Baía de Sepetiba.
Diferente do que ocorreu, quando o BPC Dixmude esteve no Rio de Janeiro na *Missão Jeanne d´Arc de 2012, desta vez o navio francês veio ao Brasil com centenas de militares da 9ª Brigada de Infantaria Naval – 9ª BIMa, tropas anfíbias do Exército Francês, permitindo expandir a escala do exercício conjunto entre os dois países.
Na Marinha Francesa existem Fuzileiros Navais, mas, eles são uma unidade relativamente pequena que é responsável principalmente com a segurança de bases navais e de portos em caso de conflito. Por sua vez as operações de desembarque anfíbio são de responsabilidade das tropas anfíbias do Exército.
No convés garagem do navio, estavam devidamente peiados com correntes 60 de veículos militares franceses entre eles 3 blindados AMX-10RC, 18 Veículos Avançados Blindados (VAB), um Veículo Rápido de Engenharia, alguns Veículos Blindados Leves (VBL) e muitos caminhões GBG-180.
Se para o lado brasileiro esta operação ainda é chamada de “Passex Mistral” do lado francês ela é conhecida como “Mistral de Braise” (Mistral de Brasas, em referência à cor da tintura retirada do Pau-Brasil), indicando já uma expectativa de perenização e de eventual expansão na sua escala. O único navio brasileiro que participou deste exercício foi a fragata União F 45.
O Mistral suspendeu às 06:00 com 100 militares brasileiros embarcados, se posicionando próximo a ponte Rio x Niterói, afim de receber três Carros Lagarta Anfíbios dos Fuzileiros Navais (CLANFs) brasileiros. O navio se manteve em posição na Baia de Guanabara sem largar o ferro(âncora), pois as coordenadas eram enviadas por GPS aos pods de propulsão e aos seus bow-thrusters, mantendo o navio estável para a manobra. Esta é uma capacidade muito importante para aumentar a segurança da operação de embarque e desembarque.
As duas lanchas de desembarque (CTM – Chaland de transport de matériel), foram posicionadas uma atrás da outra do lado direito da doca do navio. No interior do navio francês, os três CLANFs ficaram estacionados no curto convés existente logo enfrente à doca.
A maior embarcação de desembarque dos franceses, o catamarã conhecido como EDA-R (ou L-CAT na terminologia do fabricante) tinha sido desembarcada anteriormente para permitir o desembarque de tropas precursoras que haveriam de examinar a costa da península e da Ilha da Marambaia para determinar o melhor local para a realização dos desembarques nos dias seguintes.
Continua…..
*Missão Jeanne d´Arc de 2012 – Leia abaixo.
PASSEX da Missão Jeanne D’Arc com a Marinha do Brasil: BPC ‘Dixmude’
PASSEX da Missão Jeanne D’Arc com a Marinha do Brasil: Fase Anfíbia I
PASSEX da Missão Jeanne D’Arc com a Marinha do Brasil: Fase Naval I
PASSEX da Missão Jeanne D’Arc com a Marinha do Brasil: Fase Anfíbia II
PASSEX da Missão Jeanne D’Arc com a Marinha do Brasil: Fase Naval II
PASSEX da Missão Jeanne D’Arc com a Marinha do Brasil: Fase Naval III
PASSEX da Missão Jeanne D’Arc com a Marinha do Brasil:Fase Anfíbia Final
PASSEX da Missão Jeanne D’Arc com a Marinha do Brasil: Fase Naval Final