Por Euler de França Belém
No livro “Na Estrada Para Fornovo” (Nova Fronteira, 372 páginas), sobre a Força Expedicionária Brasileira, o historiador Fernando Lourenço Fernandes revela que “o Brasil teve cerca de 1.900 mortos na Segunda Guerra Mundial, total que” inclui “os pracinhas [que lutaram na Itália, entre 1944 e 1945], os marinheiros e todas as vítimas de torpedeamentos” de navios, em 1942. O doutor em história pela USP Francisco César Alves Ferraz, no livro “A Guerra Que Não Acabou: A Reintegração Social dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira, 1945-2000” (Eduel, 376 páginas), relata que, na Itália, foram mortos 443 integrantes da FEB e oito oficiais do Grupo de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB). A maioria morreu na tomada de Monte Castello, em 21 de fevereiro de 1945, e da cidade de Montese, em 14 de abril de 1945. O doutor em história pela USP Cesar Campiani Maximiano, no livro “Barbudos, Sujos e Fatigados — Soldados Brasileiros na Segunda Guerra Mundial” (Grua, 447 páginas), conta que o Brasil enviou 25.334 pessoas para a Europa — 111 eram goianos (0,47%). O coronel Aguinaldo Caiado — avô de Aguinaldo Coelho, superintendente de Cultura do governo de Goiás —, comandante do Regimento Sampaio, foi uma das figuras centrais na tomada de Monte Castello. Embora filho de goianos, nasceu no Rio de Janeiro, chegou ao generalato e, depois, se tornou senador pelo PTB, aliado de Getúlio Vargas. Ele recebeu elogios por escrito do presidente dos Estados Unidos, Harry Truman; do comandante das forças americanas na guerra contra o nazismo de Adolf Hitler, Dwight D. Eisenhower, e do general americano que comandou tropas na Itália, Willis D. Crittenberger. O tenente goiano Celso Patrício de Aquino teria sido o primeiro a chegar ao topo do Monte Castello — matando vários alemães. O pracinha Joaquim Pinto Magalhães lutou bravamente e perdeu a perna direita no combate de Montese. Escreveu o livro “O Expedicionário — Memórias da 2ª Guerra Mundial” (Max Editora, 216 páginas). Começou a guerra como cabo — na prática, atuou como sargento — e terminou como subtenente R1 da FEB.
Do quartel do 6º Batalhão de Caçadores de Ipameri, município de Goiás, os militares foram levados para São Paulo, de trem-de-ferro. “Recebemos, além da passagem, 9 mil reis. Era um dinheirão e dava não só para as despesas de viagem mas até para conhecer bem a pauliceia. (…) Depois de estagiarmos em Sant’Ana, São Paulo, por seis meses, onde recebemos boa instrução em preparo físico, em armas e em estratégias de combate, deslocamos para o litoral, e o batalhão destacou tropas para Iguapé, Cananeia, Pariqueraçu, Itanhaém, Santos e Barra da Ribeira”. Em seguida, seu grupo recebeu treinamento em São João Del Rey, Minas Gerais, e no Morro do Capistrano, na vila militar do Rio de Janeiro. O soldado goiano Brasil Segurado era um dos que mais reclamavam dos exercícios intensivos.
Em setembro de 1944, Joaquim Magalhães embarcou para a Itália, num navio americano, o General Mann. “A viagem não era lá tão cômoda. Os navios superlotados com 10 mil homens expeliam um odor de mofo e de tinta nova e balançavam como se estivéssemos dançando um swing. Ninguém falava, quase ninguém ria. Parece incrível, mas nada eu conseguia mastigar nem engolir. Eu passei a primeira semana de viagem chupando apenas algumas laranjas. Eu vomitava mais que um vulcão em erupção.” Entre os companheiros de viagem estavam Zilmar Gordo, Brasil Segurado, Paulo Gomide (vivo, mora em Goiânia) e Manassés de Aguiar Barros. No navio, os soldados praticamente nada sabiam sobre a guerra e o Eixo (aliança entre Alemanha, Itália e Japão).
De Nápoles, onde desembarcaram, os pracinhas do grupo de Joaquim Magalhães foram levados para Livorno e, de lá, para Pisa. Até então, os soldados não recebiam informações precisas sobre quase nada. Mas finalmente o tenente José Belfort, comandante do pelotão de Joaquim Magalhães, começa a falar sobre as armas, que eram diferentes e mais modernas do que as usadas pelos brasileiros. Os pracinhas ficaram encantados com os fuzis e metralhadoras americanos. O frio começou a incomodar a tropa.
O tenente Belfort, sem fazer mais segredos, convoca a tropa: “Vamos para Stafoli, uma cidadezinha aí na frente, mais perto do front”. No acampamento, conta Joaquim Magalhães, os pracinhas comiam pato, frango, puré de batata e comida enlatada.
“O 1º escalão expedicionário, composto, a grande maioria, de elementos do 6º regimento de infantaria de Caçapava, São Paulo, integrou-se ao 4º corpo do 5º exército americano, sob o comando do general Willis Crittenberg” e “sob a supervisão do general João Baptista Mascarenhas de Morais”, o comandante da FEB.
O capitão Olegário Maria Memória e o tenente Belfort deram a ordem: “Vamos agora marchar para frente; desarmem suas barracas e estejam prontos para partir”. Joaquim Magalhães anota, com sua percepção aguçada: “Olhares curiosos e perquiridores eram lançados à frente, procurando divisar os horizontes do tão falado front de guerra, dos desafios e dos mistérios. Já prenunciava a entrada do inverno e uma leve chuva de neve caía sobre as viaturas e sobre as nossas cabeças em flocos”. Os pracinhas foram levados para cidade de Sila. “Eu sentia calafrio nas costas esperando sempre a próxima bomba cair em cima de mim.” De repente, os alemães começaram a atirar nos brasileiros.
“Bem na hora do almoço, quando estávamos com os pratos nas mãos nos servindo em redor das panelas, caiu uma bomba quase em cima da mobília, fazendo voar pratos e garfos para todo lado, enchendo de terra a comida e fazendo-nos todos correr espavoridos antes que pegássemos a refeição. Esta realmente foi enterrada, ficando apenas o cheiro de pólvora e o desapontamento dos pracinhas”, anota Joaquim Magalhães. Depois, um pracinha estava se barbeando quando os alemães atacaram, com bombas. O pracinha foi degolado.
Em novembro de 1944, forças brasileiras e americanas atacaram o Monte Belvedere, encontrando forte resistência dos alemães. A maioria dos soldados brasileiros foi deslocada para a tomada de Monte Castello, encontrando resistência brutal das tropas nazistas. O general Zenóbio da Costa deu ordens para recuar. “O recuo foi muito triste, pois muitos foram e não voltaram. Lá ficaram tombados”, registra Joaquim Magalhães. “Subestimamos o valor ofensivo do inimigo.”
História inusitada
Joaquim Magalhães conta uma história inusitada. No inverno, o fardamento dos militares eram trocados por “um roupão branco, todo branco, e até o capacete era coberto por uma renda branca, cujas saliências e reentrâncias a neve se encarregada de cobrir, pondo o capacete todo branco. Por uma coincidência muito caprichosa, a roupa de patrulha dos alemães e italianos era a mesma. Nessas incursões não usavam botinas, mas tanto os brasileiros como os ítalo-germânicos usavam botas brancas”. Seu pelotão saiu para fazer uma patrulha. “Eu ia caminhando embalado pela fantasia daquele panorama paradisíaco e por isso não vimos quando a nossa patrulha infiltrou numa patrulha alemã, nem a patrulha alemã, que sem dúvida experimentava o mesmo êxtase, percebeu a infiltração da patrulha brasileira. (…) Olhei para a frente na rota da marcha da patrulha e um súbito calafrio me percorreu a espinha, vi, com tremendo espanto, que algo anormal havia ocorrido. A patrulha engrossara! O número dos meus homens não era aquele! A metade era inimiga, não tinha dúvida! Nenhuma patrulha brasileira saíra concomitante com a nossa para vasculhar o mesmo setor. Estávamos, inapelavelmente, diante de um fato insólito, totalmente imprevisível e da maior gravidade!”.
O soldado Garcia pôs a mão no ombro de um patrulheiro e disse: “Já andamos muito, já podíamos voltar”. O alemão gritou e Garcia, assustado, também gritou. As tropas rivais trocaram tiros, mas ninguém saiu ferido. Garcia foi aprisionado pelos alemães, tendo sido libertado ao final da guerra.
Depois da reação firme dos alemães, os comandantes brasileiros decidiram que as forças do general Heys “atacariam” o “Monte Belvedere e as de Mascarenhas, Monte Castello”. O capitão Memória avisou, no dia 20 de fevereiro de 1945: “Preparam-se rápido para marcharmos sobre Monte Castello, hoje é o dia D do ataque”. “Nós, do 11º RI e do 6º RI, íamos inicialmente tomar posição na 2ª linha. (…) A avant première ia ser feita pelo Regimento Sampaio, ou seja, pelo 1º RI. Confesso que dei os meus primeiros passos para escalar Monte Castello como se estivesse caminhando sobre as nuvens. (…) Começávamos a galgar Monte Castello. 5 horas da manhã do dia 21 de fevereiro de 1945, a artilharia brasileira começa a atirar e o bombardeio é fulminante! Os aviões brasileiros entram por cima sentando a pua e nós vamos galgando palmo a palmo as escarpas, os seus penhascos, ceifando rasante com as nossas metralhadoras e fuzis. Os inimigos viram logo que aquilo não eram os tiros costumeiros, tratava-se sem dúvida de um ataque, e de um ataque monstro, violentíssimo”, conta o pracinha. “Aqui tomba um brasileiro, ali tomba outro, e no entanto vão ficando para trás porque não podemos parar.”
“Monte Castello caía! Às 14 horas chegava ao cume do morro o batalhão do major Uzeda e do major Franklin”, escreve Joaquim Magalhães. Aos poucos, os alemães começam a se render em massa. “Já não estou no sopé de Belvedere, mas na crista de Monte Castello.” O pracinha Vicente discursa: “Viu, moçada, o brasileiro não nega a raça; o cabra honra mesmo a farda que veste. Ele veste esta farda verde-oliva não é à toa, quando a coisa aperta ele põe mesmo pra quebrar”. Brasil Segurado, pracinha de Goiás, corrobora: “É isso aí; o brasileiro paga para não entrar na briga mas depois de estar dentro dela paga para não sair”.
Alguns pracinhas escreveram nos capacetes dos alemães mortos em combate: “Já morreu tarde”. “Detestei essa frase. Não se pode comemorar com júbilo a morte de ninguém; nem do mais odiento inimigo”, critica o humanista Joaquim Magalhães.
Em seguida, no contra-ataque alemão em La Serra, morreu Manassés, pracinha amigo de Joaquim Magalhães. “Uma bomba da canhoneira inimiga caiu dentro da sua trincheira.”
Os alemães jogavam boletins sugerindo que os brasileiros saíssem da guerra. “Brasileiros! O que viestes fazer aqui? Por que deixastes o Brasil, aquela terra tão boa, de clima tropical e saudável para vir guerrear aqui? Esta guerra não é vossa, e sim dos americanos e ingleses. É uma advertência que vos estamos fazendo, porque, afinal, o que vos espera aqui é a sepultura neste gelado terreno europeu”, diziam as mensagens dos nazistas. Eram escritas em português.
Tragédia em Montese
Os Aliados conseguiram, com habilidade, forçar os alemães a lutarem em vários fronts, com isso contribuindo para reduzir sua força militar. Na Itália, onde havia soldados amadores e profissionais — muitos deles dos fronts soviéticos e africanos (soldados de Erwin Rommel), os Aliados cercaram os alemães, não permitindo que saíssem para defender a política de Hitler na Alemanha e noutros lugares. Os brasileiros contribuíram, de maneira decisiva, na operação de cercar e prender os alemães. Depois de Monte Castello, brasileiros e alemães travaram batalhas letais na cidade de Montese, em abril de 1945.
Nas proximidades de Montese, num dos cercos definitivos, “ninguém fala, ninguém ri”, relata Joaquim Magalhães, com sua aguda capacidade de observação. Os pracinhas “entreolham-se sisudos”. Segundo o cabo, 400 mil homens foram destacados para atacar as tropas nazistas. Aviões brasileiros jogam “bombas de fumaça”, com o objetivo de possibilitar o avanço dos militares aliados. O “campo de batalha foi se transformando num inferno de fogo, poeira e fumaça que parecia que ia incendiar. Nós, porém, não nos detínhamos. (…) Não obstante o ímpeto com que iniciamos o ataque, as forças ítalo-germânicas pareciam que iam desbaratar o nosso dispositivo de combate e deter o nosso avanço. Vimo-nos quase forçados a recuar. Mas aferramos ao terreno, cavando abrigos com a ferramenta de sapa desesperadamente apressados. As balas passavam sibilando aos nossos ouvidos, raspando o nosso capacete, escovando a nossa farda. Os pequenos buracos que a gente ia cavando apressados não cabiam nem o tórax e, além disso, não podemos nos deter para aproveitá-los, pois temos que avançar”.
Como se estivesse quase arfando, ao se lembrar do momento da guerra, Joaquim Magalhães escreve: “São 17 horas do dia 14 de abril de 1945. Já estamos às portas da cidade de Montese e quase no pícaro do monte Buffone, Montello e Serreto”. Brasileiros, americanos e ingleses avançam, céleres, para derrotar os alemães. O combate é sangrento. “Levas e mais levas de prisioneiros vão caindo em nossas mãos e vão sendo tocados para a retaguarda pelos nossos soldados. (…) Alguns soldados raivosos ao tocarem os prisioneiros beliscam-lhes as costas com as suas baionetas. Às vezes era preciso repreendê-los.”
O número de mortos e feridos assusta e comove. As baixas brasileiras são altas. Os inimigos, os vencedores e os derrotados, se olham. “A gente notava que a grande admiração dos soldados era verem-se de [um] momento para outro misturados com o inimigo, e estarem ali juntos a se olharem uns aos outros indiferentes, como se fosse uma comédia, alguma coisa surreal de uma história de ficção”, sublinha Joaquim Magalhães.
Mas os alemães não estavam inteiramente vencidos, muitos ainda resistiam bravamente. No dia 15 de abril de 1945, há 70 anos, em Montese, Joaquim Magalhães se tornou uma das vítimas da guerra. “Uma bomba caiu em minhas pernas, quebrando-as, uma totalmente e a outra com fraturas graves. Procurei as pernas e não encontrei. (…) Vi-me perdido porque eu me esvaía em sangue e os padioleiros não podiam entrar no campo para nos recolher, debaixo de tão pesado bombardeio.” Mas conseguiram furar o bloqueio e levaram o pracinha ferido. “Amarraram-me um garrote em cada perna. (…) O reduto principal já caíra em nossas mãos, mas eles continuam resistindo obstinadamente. Sabiam que aquela batalha era a luta decisiva de vitória ou de derrota. Na verdade, o objetivo nosso era desorganizá-los de uma vez, capturá-los ou tocá-los de trote rumo à Alemanha, o que se deu.”
Mesmo ferido, Joaquim Magalhães pensava nos companheiros. “Quem iria agora comandá-los?” No hospital de Pistoia, sabendo que seu caso era grave, o pracinha conta que recomendou “insistentemente aos médicos que esmerassem o quanto pudessem na operação para que a fizessem sem amputação da perna [direita] abaixo do joelho, mas não foi possível e quanto voltei da anestesia minha perna estava cortada acima do joelho. O impacto emocional foi terrível. Eu me despia da condição de um atleta esbelto e forte para me situar à condição de um paraplégico. Todas as ilusões se desfizeram, toda minha fantasia estiolou… a minha vaidade de moço estava ferida e desfeita!”.
No hospital, apesar da assistência carinhosa e competente de médicos e enfermeiras, o quadro era desolador. “Tinham feridos de todo jeito. Uns faltavam uma perna, outros faltavam um braço, outros as duas pernas, outros os dois braços, outros os dois braços e uma vista ou dois braços e uma perna. Os que faltavam os dois braços ou as pernas ficavam como uns autômatos, à mercê da boa vontade de alguém para ajudá-lo até a comer.”
Tratamento nos EUA
Internado, curando as feridas físicas e pensando nos traumas psíquicos, os seus e dos colegas, Joaquim Magalhães lembrou dos pracinhas goianos Brasil Segurado (ferido na guerra), Paulo Gomide Leite (mora em Goiânia), Acary Brandão, Gerson Arrais, Zilmar, Garcia, Vicente e Nunes. O goiano Ademar Ferrugem morreu em combate. Em junho, num bimotor americano, o pracinha foi encaminhado para os Estados Unidos, em busca de tratamento mais especializado. Estavam com ele os feridos Rubens, Joaquim Cruz, Geraldo Sanfelipe, Bonifácio Cruz, Alberto Rossi, Coutinho e, entre outros, Enoque. “Éramos 20.”
Nos Estados Unidos, segundo Joaquim Magalhães, os brasileiros foram muito bem tratados. Eram 150. “Para o companheiro Bonifácio Cruz eram dois braços, um olho de vidro, um par de dentaduras e um par de óculos superforte. O colega Círio, do Rio Grande do Sul, ia receber duas pernas, o Enoque um pé; o seu uma mina anti-pessoal tirou; e o Coutinho, a perna esquerda. (…) Alberto Rossi ia receber uma perna, um olho de vidro e algumas operações plásticas; o seu rosto ficou bastante deformado pela explosão de uma mina. No braço dele ia também aparecendo uma protrusão que a cada dia se parecia mais saliente. Então lhe perguntei: ‘Que protrusão é essa em seu braço, Alberto?’ ‘Não sei, Magalhães, e isto está crescendo e ficando dolorido’. Alberto tirou a radiografia e por incrível que pareça encontrou uma lasca de osso saída de sua própria perna e implantada no seu braço pela explosão da minha.” Os brasileiros foram levados para vários Estados americanos. O pracinha foi para Utah.
A Red Cross, a Cruz Vermelha americana, colocava mutilados americanos ao lado dos brasileiros. “Lembro-me de um rapaz americano que não possuía os dois braços e com braços mecânicos escrevia à máquina, vestia sua roupa, tirava o cigarro do maço, pegava o isqueiro e o acendia, comia sozinho. Tinha os que não tinham pernas e com pernas mecânicas andavam muito bem, desciam escadas quase correndo, dançavam e andavam até de patins. A minha estreia não foi lá tão animadora. Saí do gesso, peguei uma muleta, dei o passo como se tivesse a perna e esparrelei no chão. A minha perna estava no cérebro, mas não no lugar real. Cuidei de me treinar. Fui aos exercícios físicos, me adaptei e após uma semana fui de muleta passear em Salt Lake City bem aprumado. Estava pronto para receber a perna mecânica. Esta veio, foi outra dificuldade, mas exercitei bastante e logo consegui andar sem bengala, dar até umas carreirinhas e dançar.”
Joaquim Magalhães, que morreu em 2004, aos 84 anos, sugere que os pracinhas foram abandonados pelo governo federal. Ele tem razão.
FONTE: Jornal Opção