Marinha realiza monitoramento radiológico durante visita do USS Hampton em Itaguaí

A região do entorno da Base de Submarinos da Ilha da Madeira, em Itaguaí (RJ), foi submetida a exame radiológico da Marinha do Brasil durante passagem do submarino nuclear norte-americano USS Hampton, na última semana. Além do monitoramento diário no período de permanência da embarcação no Brasil, foram coletadas amostras da água e de sedimentos do leito marinho, atualmente em análise por técnicos do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), a fim de verificar possível vazamento de material radioativo.

Área foi monitorada diariamente por militares da Marinha do Brasil e técnicos do IRD – Imagem: Marinha do Brasil

O USS Hampton visitou o País após sua participação no exercício multinacional “Unitas LXV”, no qual o Brasil também esteve presente com a Fragata Liberal, em setembro deste ano, no mar do Chile. O submarino é equipado com um reator nuclear, que dispensa a necessidade de reabastecimento e, por isso, o permite manter-se submerso e em operação por mais tempo. Qualquer defeito nas máquinas de propulsão, no entanto, pode ter consequências desastrosas para a população e o meio ambiente.

“A tecnologia nuclear é um setor estratégico para a defesa nacional e o seu desenvolvimento é um compromisso da Marinha. Porém, é uma atividade que envolve riscos, que precisam ser tratados da maneira adequada. Esse monitoramento faz parte de um protocolo de segurança nuclear, que contribui para prevenir a contaminação radiológica proveniente de navios”, explica o Superintendente de Relações Institucionais e Comunicação Social da Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade da Marinha, Vice-Almirante Antônio Capistrano de Freitas Filho.

A Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade é um órgão de assessoramento direto ao Comandante da Marinha e tem por tarefas principais regular, licenciar, fiscalizar e controlar submarinos, navios de superfície, plataformas ou embarcações que empreguem reatores nucleares como fontes de energia próprias ou para terceiros, especialmente nas águas jurisdicionais brasileiras, com o propósito de proteger as tripulações, a população, o patrimônio e o meio ambiente, contra os efeitos indesejáveis das radiações ionizantes.

Baía de Guanabara foi monitorada em maio deste ano, por ocasião da passagem do USS “George Washington” – Imagem: Marinha do Brasil

Esta foi a segunda vez este ano que a Marinha precisou monitorar os níveis de radiação no litoral brasileiro. Em maio deste ano, o porta-aviões USS George Washington, também da Marinha norte-americana, fundeou no interior da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ), marcando o encerramento do exercício conjunto “Southern Seas”. Na ocasião, foram providenciadas medições do ar, da água e de sedimentos marinhos, além dos tripulantes licenciados (autorizados a desembarcar) e de material descartado.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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