Nessa operação, serão executados exercícios no mar, de caráter estritamente militar, concernentes às tarefas básicas do Poder Naval, contemplando operações de ataque, antissubmarino, de esclarecimento e de apoio logístico móvel, incluindo ações de superfície, aérea, de submarinos e de guerra eletrônica e, adicionalmente, serão conduzidas atividades de Patrulha Naval nas proximidades da Bacia Petrolífera de Campos.
A outra vertente da operação é realizar ação de presença, com meios da Marinha de Guerra. O Brasil possui um litoral de cerca de 8.500 km e uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de aproximadamente 3,6 milhões de km2.
Essa vasta área oceânica poderá, em breve, atingir uma dimensão em torno dos 4,5 milhões de km2, quando a proposta do Estado brasileiro de extensão de Plataforma Continental (PC) for reconhecida integralmente pela Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), órgão da Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar. Essa área marítima, tradicionalmente chamada de “Amazônia Azul”, possui incomensuráveis recursos naturais.
Nessa imensa área oceânica, o Brasil possui interesses importantes e distintos. Cerca de 95% do comércio exterior brasileiro passa por essa massa líquida, movimentando nossos mais de 40 portos nas atividades de importação e exportação. Do subsolo marinho até o limite da Zona Econômica Exclusiva, e, futuramente, no limite da plataforma continental estendida, é retirada a maior parte de nosso petróleo e gás. Temos, ainda, importante atividade pesqueira, uma rica biodiversidade e nódulos de recursos minerais no solo e subsolo marinhos, onde o Brasil possui exclusividade de exploração e explotação, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
FONTE: Jornal da Mídia