Por Patrik Camporez
Todos os testes foram feitos com munições reais, e contaram com a participação de 1.700 militares que estão acampados há duas semanas no Planalto Central, a uma distância de 70 quilômetros de Brasília. Os praças e oficiais também manusearam metralhadoras ponto 50, 762, 556 e morteiros. Ainda foram feitos exercícios com aeronaves, veículos blindados e aeronaves remotamente pilotadas.
O comandante da Marinha, Leal Ferreira, justifica que o treinamento no Cerrado visa possibilitar manuseio e testes com os armamentos mais “potentes” que a força-armada possui. Leal discursou para praças e oficiais presentes durante lançamento de foguetes.
— Continuem acreditando naquilo que vocês fazem, mantenham o espírito de corpo. Continuem com competência e todas essas qualidades que caracterizam vocês. Essa é a grande contribuição que vocês podem dar para o país. Um país que viva mais próspero, mais otimista, um país que nós todos sonhamos. Vocês são muito importante na construção dele. Reitero o meu orgulho, a minha satisfação de tê-los como subordinados e a certeza de que vocês nunca faltaram ao nosso país.
O comandante ainda concedeu entrevista à imprensa, e disse que a operação tem como objetivo principal aprimorar o trabalho conjunto da Marinha, com a utilização de diferentes tipos de armamentos. Também informou que a operação ajuda a aprimorar o trabalho da Marinha em missões de aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
— Quando eles vêm para cá, isso permite que eles desenvolvam a GLO com bastante eficiência. A operação serve para aprender o trabalho em conjunto. Aqui nós estamos adestrando o pessoal para atuar em qualquer situação.
No caso do Rio de Janeiro, completou o comandante, “nós temos conseguido neutralizar aqueles enfrentamentos com poucas baixas (mortes de militares)”.
Denominada Operação Formosa, por acontecer no município homônimo, as ações contaram com o emprego de 144 viaturas, boa parte deles blindadas, trazidas do Rio de Janeiro. A tropa é composta em sua maioria por fuzileiros navais do Rio de Janeiro, mas também envolve a participação de Fuzileiros Navais das chamadas Marinhas Amigas, tais como Estados Unidos da América, Paraguai e Equador. O treinamento é considerado o maior exercício realizado pela Marinha do Brasil no Planalto Central.
FONTE: O Globo e Jornal Tijucas