Por Virgínia Silveira
Segundo o diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM), contra-almirante José Roberto Bueno Junior, o adiamento foi necessário para garantir a qualidade das propostas, tendo em vista que as empresas vinham apresentando algumas dúvidas em relação ao programa, considerado complexo e abrangente.
O diretor informou ainda que treze empresas brasileiras se apresentaram à marinha como candidatas a contratante principal (“main contractor”) do Sisgaaz. As candidatas, de acordo com a Marinha, estão em processo de consolidação de parcerias com empresas nacionais e internacionais.
A lista de empresas inclui a Embraer Defesa e Segurança, Andrade Gutierrez, Avibras, Engevix, IESA Óleo e Gás, OAS Defesa, Odebrecht Defesa e Tecnologia, Orbital Engenharia, Queiroz Galvão Defesa, Shelter Consultoria em Proteção e Segurança Marítima, Siem Offshore do Brasil e Synergy Defesa e Segurança.
O Sisgaaz será implementado em quatro módulos, a partir de 2016, durante um período de dez anos. A empresa brasileira que desempenhará a função de contratante principal fará o gerenciamento da implantação de todos os módulos do programa.
A contratada principal também terá a responsabilidade de subcontratar as pequenas e médias fornecedoras de sistemas e sensores (radares, satélites, veículos aéreos não tripulados, softwares, entre outros) para a rede de monitoramento da Amazônia Azul, uma área que se estende até 350 milhas náuticas (648 km) da sua costa e 200 milhas náuticas em torno de suas ilhas oceânicas.
A fase conceitual do Sisgaaz teve um custo de R$ 38 milhões. O projeto foi desenvolvido pela Fundação Ezute. Segundo o Valor apurou, somente para a fase de implantação do projeto serão necessários cerca de R$ 14 bilhões.
Em função do elevado valor estimado para sua implantação e da necessidade de obtenção de materiais e de serviços de empresas internacionais, o Sisgaaz incluirá uma relevante parcela de acordos de offset (compensação comercial, industrial e tecnológica).
FONTE: Valor Econômico