Marinha dos EUA está trabalhando para armar seus submarinos com lasers subaquáticos

Por Michael Peck

Essa é a implicação de um novo projeto de pesquisa da Marinha? À primeira vista, o projeto parece uma engenharia bastante rotineira: desenvolver conectores que permitirão a transmissão de centenas de quilowatts de eletricidade pelo casco de um submarino.

Mas o que é interessante é que toda essa eletricidade será usada. “A Marinha busca tecnologias de transmissão de alta potência elétrica necessária à operação de sistemas de armas de Energia Dirigida (DE) de dentro do submarino para sistema DE fora de bordo, plataforma submersível, operação especial, etc.”, afirma a proposta de pesquisa.

Em outras palavras, os submarinos da Marinha se tornarão baterias gigantes, fornecendo energia para lasers com fome de energia, ou plataformas subaquáticas, ou equipamentos usados ​​por forças de operações especiais. Mas, primeiro, a Marinha deve desenvolver um conector elétrico embutido no casco do submarino. “Atualmente, a Marinha precisa rebocar o gerador para suportar um sistema semelhante”, observa a proposta.

No entanto, é interessante o fato de que a proposta menciona uma arma de energia direcionada “externa”. “Por ‘motor de popa’, a proposta poderia significar um sistema conectado externamente ao submarino, mas que só é conectado ao interior do submarino por meio de penetradores externos no casco”, disse Bryan Clark, um ex-oficial de submarino da Marinha que agora é analista do centro de estudos de avaliação estratégica e orçamentária. “Esses penetradores são conectores elétricos que fornecem um circuito elétrico entre o interior e o exterior do submarino, mas que são embutidos no casco para que os cabos não precisem passar pelo casco.”

Isso permitiria que um laser externo fosse montado no submarino. “Um laser poderia ser montado no submarino fora do casco de pressão”, diz Clark. “Por exemplo, pode ser na vela, que normalmente fica inundada quando o submarino fica submerso. A montagem na vela pode permitir que o laser seja usado acima da água para confundir/cegar sensores ópticos ou danificar aeronaves tripuladas ou não tripuladas.”

Outras possibilidades incluem um laser montado no mastro. “O laser pode estar em um mastro ou na vela e o submarino deve emergir pelo menos parcialmente”, explica Clark. “Ao contrário de uma arma ou míssil, um laser pode ser configurado de modo que o gerador do laser seja alinhado verticalmente ao longo do interior do mastro, e a luz do laser possa ser enviada para o diretor de feixe por meio de espelhos.”

Na verdade, a Optical Physics Company, uma empresa de tecnologia com sede na Califórnia, projetou um diretor de feixe – que direciona o feixe em direção ao alvo – para um laser submarino montado no mastro. “A OPC projetou esse diretor de viga com o formato certo para inserção em um mastro de submarino”, diz a descrição no site da empresa. “Este diretor de feixe pode rastrear o alvo e apontar um feixe de aproximadamente 12 polegadas de diâmetro para o alvo. O diretor de feixe pode conter opcionalmente componentes ópticos adaptados para condicionar a frente de onda do feixe HEL [laser de alta energia] e compensar as distorções atmosféricas que reduzem a eficácia do feixe em um ambiente marítimo.”

Se a Marinha puder desenvolver conectores elétricos de casco, a geração de energia e outros sistemas necessários para uma arma a laser montada em submarino, o potencial pode ser enorme. Um submarino furtivo emergindo das profundezas para disparar um tiro surpresa de laser pode ser devastador.

“Acima da água, um laser de 100-300 quilowatts seria poderoso o suficiente para destruir pequenos UAVs, danificar aeronaves maiores, danificar sensores ópticos ou derrotar mísseis anti-navio lentos”, diz Clark. “Debaixo d’água, um laser poderia ser usado para comunicações, mas isso só funcionaria em faixas de frequência específicas e exigiria níveis de energia muito mais baixos.”

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FONTE: National Interest

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