Marinha dos EUA desiste de reconstruir o USS Bonhomme Richard (LHD 6)

Por Caitlin M. Kenney

WASHINGTON – O USS Bonhomme Richard (LHD 6), não retornará ao mar depois que a Marinha dos EUA (US Navy), determinou que os danos sofridos em um incêndio em julho foram muito extensos e a restauração considerada muito cara, anunciou a US Navy segunda-feira.

“Não tomamos essa decisão levianamente”, disse o secretário da Marinha, Kenneth Braithwaite, em um comunicado preparado. “Após uma extensa avaliação de materiais em que vários cursos de ação foram considerados e avaliados, chegamos à conclusão de que não é fiscalmente responsável restaurá-lo.”

O USS Bonhomme Richard de 22 anos, um navio de assalto anfíbio da classe Wasp, estava em manutenção na Base Naval de San Diego quando o incêndio começou em 12 de julho. O fogo queimou 11 de seus 14 conveses, destruindo o mastro dianteiro do navio e causando danos em sua superestrutura antes de ser extinto em 16 de julho. Cerca de 40 marinheiros e 23 civis foram tratados por ferimentos leves, como exaustão por calor e inalação de fumaça. Ainda não se sabe como o incêndio começou, mas os oficiais da Marinha da época acreditavam que ele começou no porão de carga onde os suprimentos para os trabalhos de manutenção que estavam sendo realizados no navio eram armazenados na época.

“Este incêndio provavelmente não poderia estar em um ponto pior no navio em termos de sua origem, o que permitiu o fogo se espalhar através dos poços dos elevadores como exemplo, até as chaminés de exaustão por exemplo, levando o incêndio para a superestrutura e então para a proa”, disse o almirante Mike Gilday, chefe de operações navais, sobre o incêndio um dia depois de ter sido apagado.

Em um e-mail para o almirantado logo após a visita de Gilday ao navio, ele escreveu que as seções da cabine de comando estavam empenadas e protuberantes e os bombeiros lhe disseram que haviam enfrentado um calor de 1.200 graus, visibilidade zero e múltiplas explosões no navio. O vento da baía e as explosões permitiram que o fogo se espalhasse e se tornasse mais intenso, disse ele. Gilday elogiou o trabalho dos marinheiros em sua carta, alguns dos quais embarcaram no navio oito vezes para combater o incêndio. “Eles experimentaram o calor intenso e infernal, a fumaça escura que obscurecia a visão dos companheiros de equipe ao seu lado e as explosões, as últimas tinham como se fosse um campo minado, sem saberem quando e onde, e quão severas, essas explosões podiam ser e estar. Alguns foram derrubados por essas explosões, alguns mais de uma vez, mas eles se levantaram, se reorientaram e voltaram a atacar o fogo.” Todas as investigações sobre o incêndio ainda estão em andamento, de acordo com o comunicado da Marinha na segunda-feira.

A avaliação da Marinha sobre os danos concluiu que custaria mais de US$ 3 bilhões para restaurar o navio e cinco a sete anos para a reconstrução ser concluída. O serviço também considerou a reconstrução do navio para outros fins, mas novamente determinou que o custo de US$ 1 bilhão, que poderia construir um novo navio-hospital ou navio de comando e controle, era muito alto. “Embora me entristeça que não seja rentável trazê-lo de volta, eu sei que o legado deste navio continuará a viver através dos bravos homens e mulheres que lutaram tanto para salvá-lo, bem como dos marinheiros e fuzileiros navais que serviram a bordo ela durante seus 22 anos de história”, disse Braithwaite.

Ainda não foi decidido quando o navio será desmontado, segundo a Marinha. No entanto, antes disso, o serviço planeja remover sistemas e componentes do Bonhomme Richard para serem usados ​​por outros navios. O custo de descomissionamento do navio será de cerca de US$ 30 milhões e levará até um ano, de acordo com o contra-almirante Eric Ver Hage em um relatório do The San Diego Union-Tribune. Ver Hage é o comandante do Centro de Manutenção Regional da Marinha.

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FONTE: Star and Stripes

Relembre o que aconteceu vendo abaixo o que o DAN noticiou: