A Marinha do Brasil (MB), por meio do Comando do 4º Distrito Naval (Com4ºDN), realizará, no dia 22 de outubro, a Cerimônia de Batimento de Quilha do futuro Navio de Assistência Hospitalar (NAsH), batizado de “Anna Nery”, que será empregado no atendimento e prestação de serviços médico-hospitalares nos Estados do Pará e Amapá, que compõem a Amazônia Oriental. O NasH será construído no Estaleiro Bibi, em Manaus (AM), onde ocorrerá o evento, que é uma tradição naval celebrada para simbolizar o início da construção de um navio.
A expectativa é de que a construção do NAsH traga benefícios econômicos para o Amazonas, criando novas oportunidades de emprego de forma direta e/ou indiretamente e, assim, contribuir para aumentar o poder aquisitivo das famílias amazonenses.
Quando o NAsH for entregue, com previsão para o 2º semestre de 2022, ele vai beneficiar comunidades ribeirinhas que vivem em áreas carentes e, na sua grande maioria, isoladas da assistência regular de saúde e saneamento básico, principalmente do Arquipélago do Marajó (PA) e arredores. Serão ofertados atendimentos médicos, odontológicos e exames laboratoriais e de imagens, realizados por militares da área da saúde.
Em proveito das ações, ainda serão estabelecidas parcerias com órgãos públicos para levar serviços que contribuam para promoção da cidadania, como Tribunal de Justiça, INSS, Defensoria Pública etc. Além disso, a aquisição proporcionará a ampliação da presença da Marinha do Brasil na Região Norte do País, onde também atua como componente assistencial em benefício da população ribeirinha.
NAsH “Anna Nery”
O novo Navio de Assistência Hospitalar foi batizado de “Anna Nery” em homenagem à enfermeira que se voluntariou para participar da Guerra do Paraguai, a fim de prestar apoio nos hospitais que atendiam os combatentes feridos. Anna Nery teve diversos familiares militares envolvidos diretamente nas batalhas, inclusive um de seu filhos faleceu nos confrontos. Em reconhecimento pelos serviços prestados, o governo imperial concedeu-lhe a Medalha Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de primeira classe, no pós-Guerra.
O NAsH “Anna Nery” (U-170) terá 46,5 metros de comprimento, 9,4 metros de boca e 2,4 metros de calado. A estrutura irá contemplar: salas de triagem, curativos, recuperação, medicação, de coleta de amostras, de raio-x, de digitalização de imagens, vacinação, ultrassonografia, mamografia e de esterilização; consultórios médicos, oftalmológico e odontológico; enfermarias; e farmácia/paiol de remédios, além de laboratório de análise e sala cirúrgica para casos mais simples.
Parceria entre MB, Fundo Nacional de Saúde e Estaleiro Bibi
O Com4ºDN realizou, em dezembro de 2020, a assinatura de dois Termos de Execução Descentralizada (TED) com o Fundo Nacional de Saúde (FNS), visando a aquisição de navio de assistência hospitalar e a compra de equipamentos médicos e ambulatoriais no valor de cerca de 14,5 milhões de reais. Na ocasião, também ocorreu a assinatura do contrato com o Estaleiro Bibi, empresa vencedora da licitação para construção do navio.
FONTE: MB
Parabéns à Marinha, que venham mais meios para esse povo tão carente de recursos.
Finalmente se dá o batimento de quilha do Anna Nery, um NASH que tem sido especulado, falado e planejado a pelo menos à mais de uma década…
Embora seja uma empreitada extra e fora do escopo estritamente militar da Marinha, os Nash da MB a partir de 1984 com a incorporação ao serviço do primeiro NAsH Osvaldo Cruz, de uma maneira limitada mais crescente, veio a ocupar o espaço que vagou por um curto tempo com a saída de serviço das seis aeronaves Consolidated PBY Catalina (C-10) da FAB em 1981.
Mais lentos, limitados aos rios mas com maior quantidade de recursos e de tempo no assistência às pessoas, os NAsH são uma peça crucial no atendimento das necessidades do povo amazônico.
Como acentuado no texto tem também possibilitado ser uma plataforma através da qual por convênios com outros ramos dos poderes do governos federal e estadual a extensão de vários serviços médicos e de cidadania.
De qualquer forma em determinadas necessidades mais urgentes a FALTA dos PBY Catalina na FAB ainda são sentidas e permanecem mal atendidas na área amazônica.
Sem abandonar os NAsH da MB, o governo brasileiro PRECISARIA repensar a falta dos “Pata Choca” para os cidadão da Amazônia Brasileira.
Minha maior ESPERANÇA é que no desenvolvimento do programa da futura aeronave da FAB-EMBRAER STOUT seja incluída no futuro uma MAIS QUE NECESSÁRIA versão hidroavião no conceito STOUT…
Ou ainda melhor, que o STOUT seja DE PROJETO (como o KC-390) preparado para receber um kit conversão para operar como hidroavião de maneira similar ao que os americanos pretendem desenvolver para o Hércules C-130.
O que, não vejo o porquê, que essa linha de desenvolvimento não possa ocorrer neste projeto já que na sua apresentação pública a FAB explicitamente informou que pretende usar primariamente o conceito STOUT para o cenário amazônico.
SE ao se lembrar da RELEVÂNCIA E DAS FUNÇÕES que eram cumpridas pelos C-10 Catalina da FAB na região amazônica, especificar no desenvolvimento do programa STOUT a pre-adequação da aeronave de série e o projeto de um kit para conversão da aeronave para pouso e decolagem na água (nos rios amazônicos) DEVERIA ser uma conclusão natural…
Espero até que isso já esteja incluído no projeto STOUT…
Ou fica aqui a DICA… 🙂
Sem relevar a necessidade do atendimento, mas como ficou caracterizado pela ação do STF – relegando aos governos estaduais e municipais a decisão das ações nos procedimentos da pandemia do Covid-19 – a responsabilidade maior de atendimento caberia aos devidos estados da região. Não é função mister da Forças Armadas a obrigatoriedade de ter meios específicos (barcos, aviões e helicópteros, veículos) para o atendimento rotineiro das necessidades medicas do dia a dia. A parte médica deveria estar embaixo de um SUS – com toda a abrangência de área e logística adaptada a região – e as demais ações cívico/ sociais responsabilizadas as suas respectivas áreas de atuação.
O que estamos assistindo é a questão de organização típica dos meios militares e a certeza de atendimento a custos corretos, sem o$ co$tumeiro$ de$vio$ que sabemos ser fatos corriqueiros na região e deixando a população desassistida por consequência e JOGANDO nos ombros de quem tem que assumir por questões de respeito.
Os meios das Forças Armadas deveriam ter o OBJETIVO próprio e específico de atender a DEFESA do Estado – atendimento e intervenção nas calamidades esporádicas, sim – e mudar esse “Paradigma acomodado” da rotina do dia a dia a quem de direito.
É importante lembrar que a maringa não é so submarino e fragatas. Hidrografia, sinalização, manutenção de faróis, pesquisa, assistência social….
Áreas ribeirinhas muito carentes de tudo …. Educação … saúde e direitos civis.
A FUNÇÃO DE NOSSAS FORÇAS ARMADAS, QUANDO EM PERÍODO DE PAZ, É TAMBÉM FORNECER AJUDA HUMANITÁRIA A QUEM PRECISA E É VULNERÁVEL. NA REALIDADE, ISSO PODE FAZER PARTE DE ESTRATÉGIA MILITAR, ANTES QUE “ONGS” FALSOS O FAÇAM.
Neste caso a única ajuda né. Vi há anos atrás uma reportagem mostrando que, não somente o povo ribeirinho, mas também de algumas cidades são largados literalmente a própria sorte. O pior que não se cobra medidas de prefeitos e governadores, dando assim a continuidade ao descaso, sendo as ações das FA o único alento dado do poder público à população.
Embora seja uma boa notícia, principalmente no que tange ao povo tão carente de tudo naquela região, é a MB tendo que desempenhar a função de estados e municípios, assim, tendo que tirar o foco na sua atividade fim.
Eu já morei em Manaus e conheço a necessidade de nosso povo naquela área, este navio será um sucesso extraordinário. Parabéns a nossa Marinha.