Durante a OPERANTAR XXXII, os navios passarão nos portos de Rio Grande (RS), Buenos Aires e Ushuaia (Argentina), Punta Arenas (Chile) e Montevidéu (Uruguai). Emocionados, parentes e amigos estiveram na BNRJ para se despedir das tripulações dos navios.
A missão dos navios será dar apoio logístico aos Módulos Antárticos Emergenciais (MAE) da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e às pesquisas de universidades brasileiras, realizando coletas de amostras de água e solo marinho, estudo das aves, pesquisas geológicas nas ilhas do arquipélago das Shetland do Sul e península antártica, além de observações meteorológicas e do comportamento das massas de água na região, que tanto influenciam o clima do planeta.
As atividades científicas envolvem profissionais de diversas instituições de ensino e pesquisa no País, que utilizam os navios como plataforma ou, por meio deles, estabelecem diversos acampamentos na região.
Os navios
O Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel, incorporado à Marinha em 1994, está preparado para navegar em regiões polares e pode operar em campos de gelo fragmentado. Possui dois laboratórios para apoio a pesquisa e dois helicópteros orgânicos UH-13 Esquilo, do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-1), que serão utilizados para transportar carga e passageiros. Sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Sergio Lucas da Silva, o navio está na sua 20ª comissão austral.
Por possuir diversos equipamentos e instalações que potencializam as pesquisas, o Navio Polar Almirante Maximiano, conhecido carinhosamente como “Tio Max”, incorporado à Marinha em 2009, está sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra José Benoni Valente Carneiro. Entre seus equipamentos, destacam-se um guincho oceanográfico (capaz de recolher amostras de água em profundidades de até 8 mil metros) e um guincho geológico (capaz de coletar amostras do assoalho marinho em profundidades de até 10 mil metros); cinco laboratórios; uma estação meteorológica; sistema de posicionamento dinâmico (Dynamic Positioning, que permite ao navio manter-se parado em determinada latitude e longitude); ecobatímetro multifeixe (permite elaborar imagem 3D do fundo do mar); um perfilador de corrente marinha; um perfilador de sedimentos do subsolo; e quatro embarcações infláveis. A embarcação está na sua 5ª missão à Antártica.