Marinha do Brasil esclarece: Contrato de exportação de urânio enriquecido

CTMSP

Com relação às notícias divulgadas recentemente em diversos veículos da imprensa, notadamente jornais e revistas, sobre o ineditismo do contrato de exportação de urânio enriquecido pelo Brasil para a Argentina, a Marinha do Brasil (MB) reitera que tal fato representa uma vitória que reveste de orgulho nossa instituição, dado que a tecnologia utilizada nesse sofisticado processo foi totalmente desenvolvida no País, de forma independente, pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).

Essa conquista, da comercialização do urânio enriquecido, está ligada diretamente ao Programa Nuclear da Marinha (PNM), iniciado em 1979 e que  possui, como um de seus pilares, o domínio completo do ciclo do combustível nuclear – já conquistado.

Toda essa tecnologia desenvolvida pela MB está conectada, diretamente, ao desenvolvimento e construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear, parte de um amplo programa estratégico do Estado Brasileiro.

O combustível nuclear é fabricado a partir do urânio natural, mineral presente no Brasil em abundância, sendo o País detentor de uma das maiores reservas do planeta. Aliadas a esse motivo, razões estratégicas de autossuficiência no abastecimento interno, bem como por questões econômicas, tornam importantíssimo que todo o processo, da extração do mineral ao enriquecimento final, seja tecnologicamente viável de ser realizado no próprio País.

A MB contribuiu de forma decisiva para possibilitar a produção, pelas Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB), de parte do combustível nuclear utilizado nas usinas Angra I e II. Além disso, o PNM, por meio das atividades e projetos desenvolvidos pelo CTMSP, em parcerias com universidades, institutos de pesquisa e com a indústria nacional, vem trazendo ao Brasil, elevado ganho em tecnologia e desenvolvimento científico, nessa área tão sensível do conhecimento.

Assim, esse domínio tecnológico que, ressalta-se, não é repassado pelos países que o pos¬suem, permite ao Brasil dispor de uma alternativa energética, que contribui para atender ao consumo interno e, agora, entra na nossa pauta de exportações no mercado internacional.

Atenciosamente,

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA

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