A Marinha do Brasil (MB), por meio da Diretoria de Sistemas de Armas (DSAM), e o Grupo EDGE, conglomerado da área de defesa dos Emirados Árabes Unidos, assinaram, nesta quarta-feira (14), uma parceria de cooperação para o desenvolvimento de um modelo de negócio sustentável de uma família de mísseis antinavio. O Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) irá equipar as quatro novas Fragatas Classe “Tamandaré”, que estarão prontas a partir de 2025.
O evento ocorreu nas dependências do Estado-Maior da Armada, em Brasília (DF), onde o Chefe do Estado-Maior da Armada, o Almirante de Esquadra José Augusto Vieira da Cunha de Menezes, recebeu diversas personalidades, com destaque para o Embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Brasil, Saleh Ahmed Salem Alzaraim Suwaidi, a Ministra de Estado de Cooperação Internacional dos Emirados Árabes Unidos, Reem Ebrahim Al Hashimy, e o CEO Global do Grupo EDGE, Mansour al Mullah.
O Almirante Cunha afirma que, com esse acordo, a MB impulsiona o desenvolvimento tecnológico no País. “O resultado esperado mais importante é aportar as vantagens competitivas que o Grupo EDGE tem, unindo-se com a experiência e capacitação da Marinha do Brasil, para que nós formemos um modelo de negócio sustentável e que tenhamos um futuro bastante promissor, em termos de venda e produção desses mísseis. Assim, fortaleceremos a pesquisa, o desenvolvimento e inovação que favorecem a ampliação do projeto MANSUP e das nossas capacidades operativas, impulsionando os nossos esforços no longo prazo”, destacou.
No Projeto do míssil MANSUP, já foram realizados cinco lançamentos com sucesso, avançando para a fase de qualificação dos diversos subsistemas e servindo de importante marco no desenvolvimento de uma família de mísseis antinavio. “Durante todo o projeto, a Marinha manteve estreita coordenação com diversas empresas parceiras, que possibilitaram esses êxitos. Estou confiante que a experiência da MB nas ações decorrentes desse Protocolo de Intenções com o Grupo Edge abre caminho para uma nova fase, que visa à produção em escala industrial desse míssil, garantindo importante soberania tecnológica a nossa Marinha”, pontuou o Almirante Cunha.
Fonte: MB