A Marinha do Brasil passou a comandar o Estado-Maior Conjunto da Operação “Catrimani II” que, desde 1º de abril, combate o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. No início deste mês, o Contra-Almirante Alexandre Itiro Villela Assano substituiu o Brigadeiro do Ar Steven Meier, da Força Aérea Brasileira (FAB), no cargo de Chefe do Estado-Maior do Comando Operacional.
Em cumprimento à Portaria GM-MD N° 1511, de 26 de março de 2024, a Operação CATRIMANI II, visa coordenar um trabalho conjunto entre os órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, no emprego temporário e episódico de meios na Terra Indígena Yanomami (TIY), criada com o objetivo de realizar ações militares e de apoio necessárias ao combate do garimpo ilegal, em articulação com a Casa de Governo, que foi estruturada e instalada em Roraima, em fevereiro do corrente ano. A Casa de Governo é vinculada à Casa Civil da Presidência da República, e coordena ações de desintrusão e de enfrentamento da crise humanitária na Terra Indígena Yanomami TIY).
Nesta nova fase da Operação, os militares estão trabalhando de forma preventiva e repressiva para neutralizar as atividades ilegais do garimpo, além de combater ilícitos transfronteiriços e crimes ambientais.
A Força Naval Componente (FNC) é composta por: Navio-Patrulha Fluvial “Raposo Tavares”; Aviso Hidroceanográfico Fluvial (AvHoFlu) “Rio Negro”, destinado a levantamentos que possibilitarão o conhecimento do canal de navegação; Navio de Assistência Hospitalar “Carlos Chagas”, que levará assistência médico-hospitalar e odontológica às populações ribeirinhas e comunidades indígenas; Navio Empurrador “Segundo-Tenente Souza Filho”, trazendo uma Lancha de Combate blindada “Excalibur”, operada por militares do Grupamento de Embarcações de Operações Ribeirinhas do Amazonas (GreOpRibAM) e um destacamento de Fuzileiros Navais do 1° Batalhão de Operações Ribeirinhas.
Para fortalecer ainda mais a Operação, foi acionado o Destacamento de Operações Especiais dos Comandos Anfíbios, além de Mergulhadores de Combate (MEC) – ambos considerados tropas de elite da Marinha.
Pela primeira vez, o GreOpRibAM atua de maneira expedicionária, trazendo ao Teatro de Operações uma Lancha “Excalibur”, que atua interiorizada nos estreitos rios que adentram a TIY, como o próprio Catrimani. Também, de forma inédita, o AvHoFlu “Rio Negro” entrou no Rio Catrimani, visando realizar sondagem operativa, a fim de possibilitar uma operação segura das missões da FNC no limite da navegabilidade do rio.
Catrimani I
A primeira etapa da Operação “Catrimani”, ocorrida no período de janeiro a março deste ano, focou na ajuda humanitária realizada pelas Forças Armadas. Foram atendidas mais de 230 comunidades indígenas, incluindo transporte de cargas e combustível, evacuação aeromédica e distribuição de cestas básicas, totalizando 360 toneladas de alimentos entregues. Nesse esforço logístico, os militares realizaram mais de 2.400 horas de voo, em 36 aeronaves das três Forças.
FONTE: MB