Itaguaí Construções Navais (ICN) integra o primeiro submarino “Riachuelo” para o projeto PROSUB da Marinha do Brasil

A Itaguaí Construções Navais (ICN), formada pela Naval Group e pela Odebrecht S.A., entregou hoje à Marinha do Brasil a mais a importante fase do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), desde o início do projeto em 2013: o processo de conclusão do primeiro submarino da classe Riachuelo, com a integração das três sessões da embarcação, que vai permitir seu lançamento ao mar no final deste ano. A produção dos submarinos faz parte de uma das maiores plataformas de desenvolvimento tecnológico em andamento no país. O evento ocorreu no Complexo Naval de Itaguaí (RJ) e contou com a presença do presidente da República, Michel Temer, do ministro da Defesa, Raul Jungmann, do comandante da Marinha, almirante Leal Ferreira, e do presidente da ICN, Pascoal Le Roy.



Durante a solenidade, o presidente da ICN, Pascoal Le Roy, ressaltou a importância do PROSUB para o Brasil, tanto com relação à transferência de tecnologia da indústria naval francesa quanto para a geração de emprego e renda para o estado do Rio de Janeiro. “Estamos construindo os submarinos mais modernos do mundo. O projeto demonstra a capacidade técnica da engenharia brasileira. O trabalho sinérgico entre a França e o Brasil permitiu um programa de transferência de tecnológica que, ao final, dará ao Brasil a capacidade para projetar e construir os seus próprios submarinos”.

O Complexo Naval de Itaguaí emprega atualmente 4,7 mil trabalhadores diretos, além de gerar outros 11,2 mil empregos indiretos na produção dos cascos, sistemas de integração, estruturas e demais serviços. O programa também tem a capacidade de movimentar a economia em diversos setores uma vez que 320 empresas nacionais atuam como fornecedoras de tecnologia e produtos para o desenvolvimento dos submarinos. A ICN emprega diretamente 2,1 mil trabalhadores sendo que apenas seis deles são franceses.

A solenidade de hoje marcou a união de todas as sessões que formam o casco e os múltiplos sistemas já instalados em cada um deles. Esta fase, de elevada sofisticação tecnológica, é a última antes do lançamento do submarino ao mar.

O acordo entra a Marinha do Brasil e a ICN foi assinado em 2013 e prevê a entrega de quatro submarinos convencionais até 2023 e de um submarino de propulsão nuclear, inteiramente projetado e construído no Brasil, até 2029. A operação e a manutenção de ambos os modelos serão feitas também no país e a tecnologia da propulsão nuclear do último submarino está sendo inteiramente desenvolvida pelo Programa Nuclear da Marinha (PNM), nas instalações do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).

Além da Marinha do Brasil, Naval Group e Odebrecht, a construção dos submarinos envolve a participação de universidades e centros de pesquisa, o que amplia o estímulo ao desenvolvimento próprio de tecnologias nacionais e da indústria da defesa brasileira, capacitando profissionais em atividades altamente especializadas. Apenas seis países no mundo constroem e operam submarinos com propulsão nuclear – Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França, China e Índia. Destes, o único que concordou em transferir tecnologia ao nível requerido e capacitar os brasileiros a projetar e construir submarinos foi a França.

O PROSUB contempla também a construção de infraestrutura industrial e de apoio à operação dos submarinos, que engloba os Estaleiros, a Base Naval e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), no Município de Itaguaí.

Os submarinos atuarão na proteção nos 8,5 mil Km da costa brasileira. O mar é o caminho de 95% de nossas exportações e importações e guarda cerca de 90% do petróleo nacional.

FONTE: ICN



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