Aeronave participaria no combate aos guerrilheiros da Frente al-Nusra, que tomaram posto fronteiriço na zona
Um porta-voz do Exército anunciou, através da rede social Twitter, que o aparelho “invadiu o espaço aéreo sobre os montes Golan e foi abatido por [mísseis] Patriot do sistema de defesa antiaéreo” israelense. Ao que tudo indica, o avião participaria dos ataques aéreos contra os combatentes da Frente al-Nusra, movimento islamista ligado à Al-Qaeda, que nas últimas semanas ocupou um posto na fronteira com Israel.
Uma fonte militar ouvida pela Reuters adianta que se tratava de um caça Sukhoi, mas a rádio militar israelense fala em um Mig-21, ambos são de fabricação russa e integram a força aérea do regime de Bashar al-Assad, cujos destroços teriam caído sobre a parte síria das Colinas de Golan. Não há informações sobre o piloto.
O regime sírio já confirmou a perda de um avião de combate, no que descreveu como um ato de agressão por parte de Israel, com quem continua oficialmente em guerra. O abate surge “no quadro de um apoio [de Israel] aos terroristas [do Estado Islâmico] e à Frente al-Nusra”, acusou a televisão estatal, associando o incidente aos ataques lançados durante a madrugada pela aviação norte-americana contra alvos dos jihadistas ao Norte e a Leste do país.
Trata-se do pior incidente desde o início da guerra na Síria, em 2011, e acontece depois do reacender dos combates entre o regime e a oposição na parte síria dos montes Golã. Anteriormente, vários tiros foram disparados, atingindo a área que Israel ocupa desde 1967 naquele planalto estratégico, provocando retaliações limitadas.
Em 31 de Agosto, Israel tinha reivindicado a derrubada de um drone que teria sobrevoado o setor israelense do Golã, mas é preciso recuar até 1985 para encontrar um incidente idêntico ao desta terça-feira. Segundo a Reuters, caças israelenses que efetuavam uma missão de vigilância sobre a parte ocupada do Líbano, destruíram dois Mig-23 sírios que se aproximaram deles.