O secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Flávio Basilio, recebeu nesta terça-feira (19) a visita da delegação da Administração do Programa de Aquisição de Defesa (DAPA) da Coreia do Sul.
Composta por representantes do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, e de indústrias de defesa daquele país, a delegação veio ao Brasil com o objetivo de ampliar cooperações, especialmente, nas áreas de produtos de defesa e de parcerias científico-tecnológicas.
Por sua reconhecida experiência no setor de indústria naval, uma das principais parcerias com o Brasil que está em estudo é a possibilidade de a Coreia do Sul participar do projeto de Corvetas da classe ‘Tamandaré’, em curso pela Marinha do Brasil, e que prevê a construção de quatro corvetas para uso da Força Naval.
Durante o encontro, o secretário Flávio Basilio destacou que a possibilidade de cooperação entre os dois países vai muito além do projeto das corvetas. “Temos uma janela enorme de oportunidades em diversas áreas que não estão sendo aproveitadas como poderíamos”, disse o secretário, destacando que a cooperação deve ultrapassar as relações comerciais e evoluir para a área de pesquisas tecnológicas.
O chefe da delegação e diretor-geral do Escritório de Promoção de Indústria de Defesa da Coreia do Sul, general Oh Wonjin, que já esteve no Rio de Janeiro para falar sobre o projeto Tamandaré com representantes da Marinha, concordou com o secretário e se mostrou disposto a “incrementar” as parcerias. “As relações entre Brasil e Coreia do Sul vêm crescendo, mas na área de defesa, podem e devem crescer muito mais”, avaliou.
As duas delegações concordaram que a melhor forma de evoluir nestas relações é, em primeiro lugar, fazer uma apresentação da Base Industrial de Defesa de cada país, para que cada um possa mostrar conhecimentos incorporados e também quais tecnologias poderiam ser adquiridas, por meio de projetos conjuntos.
Ficou acertado, então, que os dois países trabalharão no texto de um memorando de entendimento que vai elencar os principais interesses comuns para viabilizar um intercambio mais intenso, não só de informações, como de recursos humanos.
FONTE: MD