Por Roberto Maltchik
Durante a madrugada, dois policiais federais, sediados na capital francesa, mantiveram contato com as autoridades em Brasília para avaliar o novo cenário provocado pelo maior atentado já ocorrido na história da França. Pelo menos até segunda-feira, apenas os policiais federais Marcelo Moseli e Daniel Coelho, adido e adido adjunto de segurança em Paris, ficarão responsáveis pela análise dos dedobramentos da tragédia e o impacto sobre o planejamento de segurança da Rio-2016.
No entendimento do secretário para Segurança de Grandes Eventos, Andrei Augusto Passos Rodrigues, a estratégia do Brasil para prevenir ações nos Jogos Olímpicos não muda, porém o ataque reforça de forma definitiva o entedimento de que é necessário adotar “um novo patamar” de vigilância ao terror em território nacional para os Jogos Olímpicos.
– É uma ação lamentável. Reprovável em todos os sentidos e que precisa ser enfrentada. Trabalhamos o tempo inteiro com a perspectiva de prevenção. E uma série de medidas estão sendo adotadas para que o Brasil tenha um novo patamar de combate ao terrorismo para as Olimpíadas, que, do ponto de vista de segurança, é o ápice dos eventos, o maior e o mais complexo entre todos que o país vem sediando nos últimos anos.
Os observadores antiterrorismo já estão em campo há quase um ano. O último grande evento com a presença dos policiais federais foi a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, que contou com duas equipes, totalizando dez pessoas. A COP 21, que por natureza já é um evento mais complexo em termos de segurança, agora, poderá contar com uma equipe maior.
Os policiais também participam de eventos esportivos de grande porte, como a Maratona de Boston, que foi alvo de atentado em 2013. Na próxima semana, o impacto do atentado terrorista em Paris será o principal assunto de uma conferência internacional sobre a segurança nas Olimpíadas do Rio, promovida pelo governo dos Estados Unidos, em Washington D.C.
FONTE: O Globo