Em 16 de novembro de 2020, a Organização Conjunta para Cooperação em Armamento (OCCAr) concedeu à Thales, em nome da Direção Geral de Armamentos (DGA), um contrato para a aquisição dos três primeiros sistemas de drones antiminas navais, incluindo o atualização do protótipo lançado em 2015, como parte da cooperação com o Reino Unido em torno do projeto Maritime Mine Counter Measures (MMCM).
Um quarto sistema será encomendado em 2021, com o objetivo de renovar as capacidades da Marinha Francesa na guerra contra minas, o MMCM (o componente inicial do futuro programa de sistema de ação antiminas do SLAM-F) permitirá que os marinheiros operem remotamente da zona de perigo. Sua operação é baseada em um novo conceito que compreende drones subaquáticos e de superfície. O modelo definido pela lei de programação militar 2019-2025 prevê oito sistemas de drones antiminas em serviço até 2030, quatro dos quais serão entregues até 2024. Colocado sob a autoridade contratante da DGA, a primeira parte do programa SLAM-F foi lançado em 27 de setembro de 2020 por Florence Parly, Ministra das Forças Armadas, após vários anos de estudos e demonstrações que comprovaram o conceito.
O contrato de £ 184 milhões apoiará mais de 200 empregos no Reino Unido e 200 na França, e dará às Marinhas de ambos os países maior capacidade de detectar e neutralizar remotamente as minas marítimas. O programa SLAM-F visa assegurar a modernização de toda a capacidade de contramedidas de minas navais. Consiste em quatro componentes:
– sistemas de drones que podem ser operados da costa ou de um navio dedicado. São o coração do SLAM-F e são objecto da cooperação franco-britânica denominada “Maritime Mine Counter Measures” (MMCM), no âmbito da Joint Organization for Cooperation in Armaments (OCCAr);
– navios de guerra contra minas (BGDM) dedicados a dirigir e operar drones;
– navios-mãe com mergulhadores para remoção de minas de nova geração (BBPD NG);
– um sistema de dados de guerra de minas (SEDGM).
O MMCM é uma cooperação franco-britânica iniciada em 2010 como parte do tratado de Lancaster House. O contrato para a concepção, desenvolvimento e produção de protótipos (um por país) foi assinado em março de 2015 entre a Thales e a OCCAr em nome dos dois países. A arquitetura básica dos sistemas antimina padrão de produção que equiparão a Marinha Francesa será composta por dois drones de superfície (USV), um equipado com sonar rebocado e outro com robô operado remotamente (ROV), e dois drones subaquáticos (AUV), responsáveis pela detecção, classificação e localização de minas. O robô operado remotamente (ROV) identifica e neutraliza minas.
Subcontratada pela Thales, a empresa Études et Constructions Aéronautiques (ECA) fabrica os drones subaquáticos equipados com sonares Thales. Os primeiros quatro sistemas serão operados inicialmente a partir da costa para apoiar o componente de dissuasão naval (SSBNs) e, posteriormente, a partir de navios de guerra contra minas que são objeto de estágios posteriores do programa SLAM-F.
O desafio é permitir que os marinheiros operem bem longe da zona de perigo. Drones são um recurso importante para as operações de guerra de minas navais, graças à sua tecnologia avançada e alta precisão de navegação, eles podem detectar, classificar e localizar minas discretamente, enquanto mantêm os humanos a uma distância segura. Além disso, a evolução tecnológica dos sonares que equipam estes drones permite enfrentar uma ameaça cada vez mais sofisticada (mina acusticamente indetectável) ou outras de difícil localização por meios convencionais (mina enterrada ou submersa em meio a uma densa flora, por exemplo).
Este investimento de 300 milhões de euros permitirá manter 200 empregos na França durante a vigência do contrato, incluindo 100 na Thales e 100 com empresas terceirizadas.
Nota do editor: Os MCMV oferecidos à Marinha pela Saab Kockums, além de serem “navios mães”, são multifunção, podendo fazer patrulha e cooperar com guerra anti submarino e ações de superfície.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Ministério das Forças Armadas da França