Dando continuidade à participação brasileira na Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (United Nations Interim Force in Lebanon – UNIFIL), a Fragata “Independência” tornou-se, em 15 de março, o novo capitânia da Força, em substituição à Corveta “Barroso”, que concluiu de maneira exitosa um período de seis meses na missão.
A cerimônia de transferência do capitânia ou Handover, como é conhecida, ocorreu a bordo da “Barroso”, no porto de Beirute, e contou com as presenças do Embaixador do Brasil no Líbano, Jorge Kadri; do Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, representando o Comandante da Marinha; e do Comandante da Marinha do Líbano, Contra-Almirante Majed Alwan, além de outras autoridades locais e representantes dos países componentes da missão.
Ao se dirigir às tripulações dos navios, o Embaixador Kadri destacou que somos o país que há mais tempo está à frente da FTM. Devido ao ineditismo deste braço naval em uma missão de paz, por um lado, as lições aprendidas vêm consolidando importante acervo de experiências que poderão ser úteis para a ONU no planejamento de missões similares no futuro. Por outro, a ativa participação brasileira contribui para que nossos militares adquiram experiência e visão de mundo distinta, que lhes serão de grande valor, tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional. O Comandante em Chefe da Esquadra ressaltou, ainda, as expressivas marcas alcançadas pela Corveta “Barroso” na missão, realizando 23 patrulhas, durante seus mais de 100 dias de mar na Área de Operações Marítimas.
O Comandante da FTM, Contra-Almirante Claudio Henrique Mello de Almeida, deu as boas-vindas à Fragata “Independência” e exortou a sua tripulação a manter as mesmas dedicação e eficiência demonstradas pelos capitânias que a precederam, nestes já cinco anos de contínua participação brasileira naquela Força-Tarefa.
A UNIFIL, criada em 1978, é a única Missão de Paz da ONU que conta com um componente naval, a FTM, estabelecida a partir de 2006, com as tarefas de impedir a entrada no território do Líbano, por via marítima, de armamento não autorizado e apoiar o adestramento da Marinha daquele país.
O Brasil exerce o comando da Força-Tarefa desde fevereiro de 2011 e, a partir de novembro do mesmo ano, passou a enviar regularmente navios para atuarem como seu capitânia.