Depois de doze anos de missão de paz, o Brasil deve retirar as tropas do Haiti em abril. O martelo ainda não está batido, mas a pressão das Forças Armadas e do Itamaraty está forte sobre o governo de Michel Temer. Argumentam que não há mais razão para os 982 militares continuarem lá, agora que já foi concluída a eleição presidencial. O efetivo brasileiro, que corresponde a 42% de todos os militares estrangeiros da operação, era para ter saído em outubro, mas a ação foi prorrogada. Há uma corrente defendendo que essa retirada do contingente do exército seja gradual. Chile e Uruguai, que também compõem a missão, já anunciaram suas saídas.
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Em dezembro, o governo foi consultado informalmente sobre o interesse de, ao encerrar as atividades da missão em abril, substituí-la por outra de cunho mais político, concentrada no fortalecimento da polícia haitiana e do estado de direito. A ONU sugeriu ainda que os brasileiros saíssem só após seis meses.