Feira de defesa no Rio terá expositores e visitantes árabes

Por Marcos Carrieri

A LAAD Defence & Security vai receber visitantes de mais de 70 países e terá ao menos 700 expositores. Empresas de munição e software dos Emirados Árabes Unidos irão apresentar produtos na mostra.

São Paulo – Mais de 70 países irão enviar delegações para a feira do setor de Defesa LAAD Defence & Security, que será realizada no pavilhão de exposições Riocentro, no Rio de Janeiro, entre 14 e 17 de abril. A maior parte destas delegações é formada por comandantes de forças armadas. Entre os árabes, o ministro da Defesa da Mauritânia deverá vir para a mostra, que terá também duas empresas dos Emirados Árabes Unidos como expositoras, entre as mais de 700 que levarão seus produtos ao evento.

De acordo com o diretor da mostra, Sergio Jardim, o setor de defesa brasileiro tem projetos importantes em andamento a pedido das Forças Armadas do Brasil e que, apesar do cenário econômico difícil do País, não serão interrompidos.

“Há projetos grandes em andamento, como o Prosub (de desenvolvimento de submarinos) da Marinha, o Sisfron (de monitoramento de fronteiras), a Helibrás produz helicópteros para as Forças Armadas, há o fornecimento do blindado Guarani e também os caças suecos (com compra anunciada no fim de2013) e o avião de transporte militar KC-390 (projetado pela Embraer em parceria com a Força Aérea Brasileira). São projetos importantes e que estão em andamento, mesmo no atual momento [econômico]”, afirmou Jardim.

Além dos projetos encomendados pelas forças brasileiras, há expectativa de atração de encomendas de outros países. “Este setor é muito internacionalizado, com muita tecnologia nova e produtos para diversos usos. O Brasil exportou veículos para o Oriente Médio nos anos 70 e 80 e os países árabes são compradores de armas do Brasil. Não tenho dúvidas de que o KC-390, por exemplo, irá ocupar um espaço importante. Além disso, o Brasil e os países árabes já tem uma história de negócios neste setor”, afirmou.

Segundo Jardim, há diversos produtos que podem ser negociados com os árabes, entre eles munições e armamentos não letais. O diretor da mostra afirmou, porém, que feiras do setor de Defesa costumam ser importantes para a apresentação de lançamentos e para o anúncio de negociações já em andamento, mas é difícil ter contratos novos fechados durante o evento, porque a compra de armamentos é sempre feita por governos, o que exige concorrências que demoram meses.

Além da Mauritânia, já confirmaram presença na mostra delegações do Egito e da Argélia. Os sauditas deverão enviar representantes, mas sua presença ainda não foi confirmada. Os Emirados irão enviar visitantes e também expositores: a CLA, de produção de munições, e a Adasi, de fornecimento de softwares, ambas integrantes da holding Tawazun.

Além das nações árabes, os países da América do Sul, do Norte, América Central, Europa e parte da Ásia enviarão integrantes de forças armadas a convite do Ministério da Defesa do Brasil. Irã, Paquistão, Turquia, África do Sul, Honduras, Zâmbia, Canadá, México e Estados Unidos são alguns dos países que terão delegações na mostra. Entre os expositores, mais de 45 serão estrangeiros.

FONTE:AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BRASIL-ÁRABE

Sair da versão mobile