A Rússia prossegue na corrida à conquista do Ártico, convertida desde há meses numa das maiores operações militares do país desde a guerra fria.
Para o analista militar russo, Viktor Murakhovskiy, o “aquecimento global vai permitir que a rota do mar do norte seja navegável sem necessidade de quebra-gelos. Trata-se do caminho mais curto entre a China e o Japão bem como entre outras grandes potências asiáticas e a Europa. A aposta da Rússia passa pela navegação aérea e marítima, mas também em termos de segurança militar”.
A par da construção de uma frota de 40 quebra-gelos nucleares, a Rússia tem igualmente aumentado a prospecção petrolífera no Ártico, sob os protestos das organizações ambientais. Moscou anunciou ter duplicado a produção petrolífera este mês, quatro anos após ter iniciado a exploração da jazida de Prirazlomnoye.
A região do Ártico representa uma das maiores reservas de petróleo do mundo, cerca de 412 bilhões de barris ou 22% do total das reservas inexploradas do planeta. A expansão russa na região representa um novo fator de preocupação, após a anexação da Crimeia.
O novo responsável pela Defesa norte-americana, James Mattis, não esconde a inquietação face ao que considera ser “uma manobra agressiva” de Moscou, quando a nova administração Trump tenta selar a reconciliação com a Rússia.
FONTE: Euronews