Os militares vêm realizando testes no veículo desde 2011. O Guarani foi desenvolvido com tecnologia nacional e será utilizado também na segurança das fronteiras e dos próximos grandes eventos no país.
O blindado foi distribuído em várias unidades do Exército, como em Campinas, no interior de São Paulo, onde passou por uma série de testes com as tropas que embarcarão para o Haiti.
“Recebemos dois Guaranis para fazer uma avaliação de como o blindado se porta em ações de área urbana, como no Haiti”, diz o coronel Samuel.
O Guarani terá funções de reconhecimento, socorro, defesa antiaérea e transporte de tropas, entre outras.
O Guarani substituirá dois outros modelos usados pelo Exército há 40 anos o Urutu, ainda em serviço no Haiti, e o Cascavel, ambos fabricados pela extinta Engesa. “Não temos mais como reutilizá-los, é uma tecnologia ultrapassada”, afirma.
O Guarani é um veículo anfíbio e tem proteção blindada superior aos modelos antigos. Como desvantagem está o fato de que os pneus não são à prova de tiros. Atinge a velocidade de 90 km/h e é capaz de transportar 11 militares.
O blindado compõe o projeto de mesmo nome, que faz parte do plano de Estratégia Nacional de Defesa, idealizado pelo ex-presidente Lula, em 2008. O equipamento é desenvolvido em Minas Gerais pela Iveco, subsidiária do grupo Fiat.
A Defesa já adquiriu 102 unidades, que devem ser entregues até junho do ano que vem. Cada uma custa de R$ 2,77 milhões a R$ 2,97 milhões, dependendo da versão.
Segundo o tenente-coronel Cláudio, a intenção do país é exportar o veículo. Países africanos, Argentina, Equador e Bolívia já manifestaram interesse em adquirir a tecnologia. “Ele já está em condições de ser vendido”, diz.
FONTE: Folha de São Paulo