Grandes manobras navais Frukus 2013 começam no início da semana em curso, em 25 de junho, perto do litoral da França, em que, da Rússia, participará a corveta da Esquadra do Báltico Stereguschy. Tomarão também parte dos exercícios forças navais dos EUA, Inglaterra e França.
As manobras terão duas etapas: na costa, numa base naval da França em Brest, e no espaço aquático no noroeste do país.
No decorrer da fase marítima dos exercícios será treinada a interação em operações de repelir ataques e de manobras conjuntas de navios na composição de grupos táticos. Está previsto efetuar também tiros de artilharia.
É difícil sobrevalorizar a importância de tais manobras para elevar a mestria de combate de marinheiros militares, destacou em entrevista à Voz da Rússia o antigo comandante da Esquadra do Mar Negro da Federação Russa, almirante Igor Kasatonov:
“Desde o ponto de vista da segurança internacional, tais manobras são muito importantes para treinar métodos de luta contra o terrorismo e a pirataria. Sem dúvida, os exercícios têm importância para as forças navais de todos os países. São também muito importantes para a atual geração de marinheiros russos, porque cresce uma nova geração de oficiais e muda a situação. Este é um bom evento no plano jurídico internacional, porque faz lembrar a história da Grande Guerra Mundial e a superação de más tendências da guerra fria.”
A corveta Stereguschy entrou na composição da Marinha da Rússia em fevereiro de 2008. Este é um navio de quarta geração, que tem potentes armamentos a bordo: mísseis contra navios, um sistema de defesa antiaérea e outros sistemas contemporâneos, muitos dos quais são secretos. O Stereguschiy foi construído segundo a tecnologia Stealth. Citamos um comentário do capitão de fragata Vladimir Matveev, chefe da Seção de Informação da região do Báltico:
“Durante o serviço marítimo, a corveta Stereguschy percorreu mais de 50 mil milhas e é participante de salões marítimos em São Petersburgo. O navio participou também dos exercícios estratégicos operacionais Ocidente 2009 e de manobras conjuntas com uma fragata da Força Naval da Índia no Golfo da Finlândia.”
A principal missão das próximas manobras consiste em treinar marinheiros a cumprir rápida e coordenadamente as ordens. Sem dúvida, a potência militar de navios é importante, mas não é um fator principal na realização de tarefas de combate, diz Igor Kasatonov:
“Quando se realizam tais manobras, o principal não são as armas, mas a compreensão mútua e uma rápida execução de manobras e de tarefas que podem ser colocadas. Podem ser a condução de helicópteros, a navegação conjunta, a marcação de suas ações para a compreensão por outros navios, etc.”
As manobras Frukus são realizadas anualmente com a participação das forças navais da França, do Reino Unido, dos Estados Unidos e da Rússia. Inicialmente, as manobras foram codificadas Rukus, por terem participado destes três países (RU, UK, US – ou seja, Rússia, Reino Unido, EUA). A França aderiu aos exercícios em 1993. Desde então, as manobras passaram a ser realizadas em formato quadrilateral.