EUA enviam navio de guerra para ação agressiva no Mar da China Meridional

O Pentágono confirmou, nesta segunda-feira, seus planos de patrulhar o Mar da China Meridional. Com a escalada na tensão entre Washington e Pequim, a Marinha americana tomará a postura agressiva de navegar a 12 milhas náuticas do território chinês.

No mês passado, vários oficiais do Pentágono flertaram com a ideia de enviar navios de guerra ao Mar da China Meridional. Como protesto contra a construção — por parte da China — de ilhas artificiais no arquipélago Spratly, a Marinha americana informou que navegará dentro do limite territorial de 12 milhas náuticas.

“Os Estados Unidos vão voar, navegar e operar onde quer que as leis internacionais permitam”, disse o secretário de Defesa do país, Ash Carter, em uma entrevista coletiva no mês passado.

Nesta segunda, um oficial de Defesa dos EUA confirmou à agência Reuters que tal plano será, de fato, levado adiante — e em breve. Nas próximas 24 horas, o contratorpedeiro USS Lassen será enviado para patrulhar as águas territoriais chinesas próximas às ilhas.

Segundo o oficial, o navio provavelmente terá a companhia de um P-8A, o avião de espionagem mais avançado do Pentágono, que já vem operando na região para monitorar o progresso nas construções de Pequim. A fonte informou também que mais patrulhas podem ser enviadas nas próximas horas.

A China alertou repetidamente os EUA sobre ações agressivas. Neste mês, o Ministério de Relações Exteriores pediu que “partes interessadas não tomem ações provocativas e sejam genuinamente responsáveis quanto à estabilidade e à paz regional.”

“Nunca permitiremos que qualquer país viole as águas territoriais e o espaço aéreo da China nas Ilhas Spratly em nome da proteção à liberdade de navegação e de sobrevoo”, disse a porta-voz do ministério, Hua Chunying, aos jornalistas.

Com quase US$ 5 trilhões em mercadorias circulando pelo Mar da China Meridional anualmente, a região é altamente contestada. A China alega ter direito à maior parte das águas, mas países como Vietnã, Brunei, Filipinas, Malásia e Taiwan fazem alegações semelhantes.

Os Estados Unidos não têm direito a nenhuma parte da região, mas vem criticando as alegações chinesas e acusando o país de buscar brechas nas leis internacionais. Pequim sustenta que tem todo direito de construir dentro de seu próprio território e afirma que as ilhas serão utilizadas para propósitos humanitários.

FONTE:Sputniknews

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